Uma
ferida cutânea é representada pela perda da integridade da pele com consequentes
alterações de ordem celular visíveis sobre a superfície cutânea. Essas lesões
podem ser causadas por qualquer tipo de trauma (físico, químico ou mecânico)
como também por uma afecção clínica capaz de alterar o potencial de membrana das células.
A
abordagem terapêutica das feridas cutâneas consiste em um minucioso processo de
avaliação e na utilização de recursos visando a prevenção e o fechamento da
lesão. Os RTFs, em especial a eletroterapia e a fototerapia, apresentam
importante papel no tratamento das feridas cutâneas. Mas, qual desses dois
recursos seria mais interessante para tratar uma ferida?
O
primeiro passo na escolha entre um recurso de eletroterapia e um de fototerapia
é saber se a ferida está infectada, pois na presença de infecção não é
recomendada a utilização dos dispositivos luminosos como o Laser de baixa potência
e o Led, exceto nos casos de terapia fotodinâmica. O Laser de baixa potência e
o Led, devido aos seus efeitos fotoestimuladores, poderiam contribuir para o
aumento da infecção e agravar ainda mais a lesão. Nesses casos, a
eletroterapia, principalmente através da corrente pulsada de alta voltagem, é uma
opção vantajosa, atuando tanto no controle da infecção como no fechamento da
ferida. O polo negativo da corrente elétrica apresenta efeitos bactericidas,
podendo assim, auxiliar no controle da infecção; já o polo positivo, apresenta
importantes efeitos sobre o reparo tecidual, estimulando o processo de
cicatrização. Portanto, um tratamento eletroterápico, com alternância de polos,
seria a opção mais interessante para auxiliar o fechamento de feridas cutâneas
em casos desta estar infectada. Vale ressaltar que a seleção adequada dos
parâmetros da corrente é de fundamental importância para a segurança e a
eficácia da intervenção.
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