O que podemos entender sobre a
gaiola de Faraday? Sua função esta presente em ambientes que despido de sua
proteção, poderia nos causar danos ligados a atuação de campos elétrico e
magnético. É nesse contexto que vamos analisar um breve ensaio de seu papel no
âmbito ocupacional ligado a atuação do ondas curtas em tratamentos
fisioterápicos.
O Ondas Curtas é um recurso de
diatermia utilizado pelos fisioterapeutas que converte a radiação
eletromagnética de alta frequência em energia térmica nos tecidos. A radiação
eletromagnética, emitida por esse recurso é do tipo não ionizante que envia
calor para os tecidos mais profundos, e tem como efeitos terapêuticos: ação anti-inflamatória cicatricial e hiperemiante.
Para controle dessa energia
elétrica distribuída pelo Diatermia de Ondas Curtas deve ser feito um
monitoramento da frequência do aparelho, sendo colocada as medidas de energia
corretas e em devidas proporções para segurança do paciente e também do
fisioterapeuta. Para além disso, está presente nesses aparelhos a gaiola de Faraday, componente que atua como uma espécie de cerceamento da energia
eletromagnética em intensidade.
A gaiola de Faraday tem função de
blindagem eletrostática capaz de reter energias de alta frequência. Em estudo, o físico, químico Michael Faraday
(1836) desenvolveu a tese da qual um ambiente metálico que recebe uma energia
elétrica muito intensa, retêm as cargas elétricas no corpo de sua superfície
externa. Nesse mesmo mecanismo, a gaiola de Faraday atua como proteção de
aviões e carros, que tem essa blindagem estalada em seu corpo interno.
Afinal, a gaiola de Faraday, executa de
fato a proteção de profissionais e pacientes que estão envolvidos em ambientes
da qual se utiliza o aparelho de ondas curtas?
Entendamos assim, que a gaiola de
Faraday deve atuar como segurança do ambiente da qual o tratamento está sendo
aplicado, sendo necessária sua aplicação nas duas laterais e nas partes de
baixo e de cima desse mesmo local, assim como deve refletir na proteção do
fisioterapeuta e do paciente.
Sendo assim, alguns
pesquisadores, que utilizaram equipamentos de Ondas Curtas para fins de teste
da propagação da energia eletromagnética vinda desses aparelhos, contestam a
eficácia da gaiola de Faraday, pontuando que a mesma não protege em medidas
corretas o nível de radiação vinda do campo eletromagnético.
A professora Iracimara de
Anchieta Messias fisioterapeuta e doutora em saúde pública e pós- doutora pelo instituto de física da
Universidade de São Paulo, o físico e doutor Emico Okuno pela Universidade de São Paulo, especialista em física médica, e Sérgio Colacioppo graduado em
farmácia e bioquímica e doutor em saúde pública também pela Universidade de São
Paulo, organizaram essa pesquisa da eficácia da gaiola de Faraday em clínicas
de fisioterapia da cidade de Presidente Prudente em São Paulo.
Em contexto, esses estudiosos buscaram analisar os aparelhos de ondas
curtas e a sua proliferação de energia eletromagnética durante alguns
tratamentos de pacientes observando o procedimento nas regiões próximas da
pelve e da cabeça do fisioterapeuta, dos cabos elétricos dos aparelhos e dos
eletrodos de aplicação. O objetivo era identificar a medida de radiação da qual
esta sendo exposta ao fisioterapeuta, para tal medida foram utilizadas como
base as proporções indicadas pela ICNIRP (International Comission for Non
Ionising Radiation Protection).
O resultado da pesquisa em questão,
demonstrou que a intensidade do campo eletromagnético obtidas durante a
execução das seções de tratamento, estão
em proporções acima do nível de exposição recomendada pela ICNIRP. A grosso
modo, os pesquisadores relatam desta pesquisa, a não eficácia das gaiolas de Faraday em detrimento do profissional fisioterapeuta, além do fato de que a
gaiola pode aumentar e expor de modo mais intenso nos operadores do ondas curtas ao campo
eletromagnético no local do tratamento.
É no mínimo peculiar entender sobre a eficácia da gaiola de Faraday, se tratando da segurança ocupacional na atuação do Ondas curtas. Primeiramente, observamos sua importância na proteção contra energias eletromagnéticas vindas do aparelho Ondas Curtas, e como isso pode refletir na segurança do espaço, do profissional e do paciente envolvidos no tratamento. Já em um segundo momento observamos os dados de uma pesquisa que torna duvidosa o caráter dessa segurança singularizada na gaiola. Podemos então questionar, a gaiola de Faraday é uma medida de segurança eficaz?
Sim, é eficaz, contudo a medida de proteção feita pela gaiola de Faraday irá depender do posicionamento da mesma, sendo que para ela proteger o meio externo seja ele o fisioterapeuta, o ambiente, as demais pessoas, ele deverá está sob o paciente e o aparelho de Ondas Curtas, levando a um isolamento da radiação eletromagnética que são controladas pelo fisioterapeuta em pequenas doses apenas para a melhoria e tratamento do paciente.
Referências Bibliográficas:
Low, J; Reed, A. Eletroterapia explicada:
princípios e prática. 3.ed. São Paulo: Manole, 2001
MESSIAS, de Anchieta Iracimara. Exposição
ocupacional de fisioterapeutas aos campos elétrico e magnético e a eficácia das
gaiolas de Faraday.
Parabéns pelo trabalho!Excelente explicação.
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ExcluirExcelente trabalho, composto por uma explicação sucinta e de fácil entendimento, expondo, com singular argumentação, a importância da gaiola de Faraday para a fisioterapia, bem como, os devidos cuidados necessário para o perfeito funcionamento do aparelho e sucesso do tratamento. Parabéns!
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ExcluirExcelente trabalho. Parabéns pela explicação
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
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