domingo, 20 de março de 2016

A ELETROTERAPIA PODE AUXILIAR NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO


     Antes de entendermos como a eletroterapia pode auxiliar no tratamento da depressão, devemos primeiramente saber o que é eletroterapia e o que é depressão
          Pois bem, eletroterapia é uso da corrente elétrica para fins terapêuticos. Mas não é qualquer tipo de corrente, então não saia por ai cortando fios e dando choques nos outros! As correntes terapêuticas apresentam características específicas, como por exemplo, baixa e média frequências e permitem ajustes de intensidade e duração de tempo, dentre outros, de acordo com cada tipo de tratamento.
 Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas para eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Os geradores de correntes terapêuticas atuais empregam diferentes tipos de correntes, que são então conduzidas através de cabos condutores até os eletrodos (de metal, borracha siliconada com carbono ou autoadesivos) que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas de transmitir a corrente ao paciente incluem a utilização de eletrodos do tipo agulhas, sendo este emprego mais reservado ao tratamento de disfunções dermatofuncionais ou para métodos diagnósticos.  

Aplicação à depressão

         
        A eletroterapia é aplicada ao tratamento da depressão por meio da estimulação transcraniana por corrente contínua. ETCC é igualmente eficaz aos tratamentos antidepressivos, porém a mesma é isenta de efeitos adversos. A facilidade de utilização, portabilidade e preço baixo são características, que tornam a utilização da eletroterapia nas atenções primária e secundária de saúde mais viável no tratamento de indivíduos com depressão.
        Os medicamentos antidepressivos têm alguns efeitos adversos que podem levar a interrupção do tratamento, já a ETCC tem um perfil benigno de efeitos adverso, pois consiste em uma aplicação de corrente elétrica de baixa intensidade em toda a cabeça do paciente usando dois eletrodos no couro cabeludo. Polo positivo e polo negativo são aplicados no córtex motor, aumentando ou diminuindo a excitabilidade motora, podendo, assim, alterar sua estabilidade. Seus efeitos não dependem apenas da polaridade da corrente, mas também de outros fatores como a atividade basal cortical, orientação neuronal e intensidade e duração da corrente.
        Apesar dos benefícios clínicos, esta é uma técnica nova, a qual já apresenta resultados benéficos, porém precisamos de mais estudos, pois através deles poderemos comprova-la e introduzi-la ao arsenal terapêutico no tratamento da depressão, inclusive para pacientes que não toleram usar drogas antidepressivas. 

        Referências:
Descrição da Eletroterapia. <http://www.fisiocorpusfisioterapia.com.br/textos/eletro.pdf> Acesso em 04/03/2016.
BRUNONI et al. Estudo clínico Escitalopram versus Eletroterapia no Tratamento da Depressão (ELECT-TDCS): racional e desenho de estudo de um ensaio de não inferioridade, de três braços, placebo-controlado.  São Paulo, mai/jun 2015.

8 comentários:

  1. Muito bacaníssimo! Parabéns pelo post de vocês!

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  2. Muito interessante. Parabéns

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  3. Achei muito esclarecedor, muito bom

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  4. Mto bom o post! Parabéns ao autor!

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  5. Parabéns, muito bom. Ótima explicação!!!

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  6. Agradecemos pelos elogios e pelas visitas ao blog, sintam-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.

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  7. Bastante interessante, gostei desse post. Muito bom.

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