Antes de
entendermos como a eletroterapia pode auxiliar no tratamento da depressão,
devemos primeiramente saber o que é eletroterapia e o que é depressão.
Pois
bem, eletroterapia é uso da corrente elétrica para fins terapêuticos. Mas não é
qualquer tipo de corrente, então não saia por ai cortando fios e dando choques
nos outros! As correntes terapêuticas apresentam características específicas,
como por exemplo, baixa e média frequências e permitem ajustes de intensidade e
duração de tempo, dentre outros, de acordo com cada tipo de tratamento.
Existe
uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas para eletroterapia, cada
qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Os geradores de
correntes terapêuticas atuais empregam diferentes tipos de correntes, que são então
conduzidas através de cabos condutores até os eletrodos (de metal, borracha
siliconada com carbono ou autoadesivos) que ficam aderidos à pele do paciente.
Outras formas de transmitir a corrente ao paciente incluem a utilização de
eletrodos do tipo agulhas, sendo este emprego mais reservado ao tratamento de
disfunções dermatofuncionais ou para métodos diagnósticos.
Aplicação à depressão
A eletroterapia é aplicada ao tratamento
da depressão por meio da estimulação transcraniana por corrente contínua. ETCC é igualmente eficaz aos tratamentos
antidepressivos, porém a mesma é isenta de efeitos adversos. A facilidade de
utilização, portabilidade e preço baixo são características, que tornam a
utilização da eletroterapia nas atenções primária e secundária de saúde mais
viável no tratamento de indivíduos com depressão.
Os medicamentos
antidepressivos têm alguns efeitos adversos que podem levar a interrupção do
tratamento, já a ETCC tem um perfil benigno de efeitos adverso, pois consiste
em uma aplicação de corrente elétrica de baixa intensidade em toda a cabeça do
paciente usando dois eletrodos no couro cabeludo. Polo positivo e polo negativo
são aplicados no córtex motor, aumentando ou diminuindo a excitabilidade
motora, podendo, assim, alterar sua estabilidade. Seus efeitos não dependem
apenas da polaridade da corrente, mas também de outros fatores como a atividade
basal cortical, orientação neuronal e intensidade e duração da corrente.
Apesar dos
benefícios clínicos, esta é uma técnica nova, a qual já apresenta resultados
benéficos, porém precisamos de mais estudos, pois através deles poderemos comprova-la
e introduzi-la ao arsenal terapêutico no tratamento da depressão, inclusive
para pacientes que não toleram usar drogas antidepressivas.
Referências:
Descrição da Eletroterapia. <http://www.fisiocorpusfisioterapia.com.br/textos/eletro.pdf> Acesso em 04/03/2016.
BRUNONI et al. Estudo clínico Escitalopram versus Eletroterapia no Tratamento da Depressão (ELECT-TDCS): racional e desenho de estudo de um ensaio de não inferioridade, de três braços, placebo-controlado. São Paulo, mai/jun 2015.
Muito bacaníssimo! Parabéns pelo post de vocês!
ResponderExcluirMuito interessante. Parabéns
ResponderExcluirÓtima explicação!!
ResponderExcluirAchei muito esclarecedor, muito bom
ResponderExcluirMto bom o post! Parabéns ao autor!
ResponderExcluirParabéns, muito bom. Ótima explicação!!!
ResponderExcluirAgradecemos pelos elogios e pelas visitas ao blog, sintam-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ResponderExcluirBastante interessante, gostei desse post. Muito bom.
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