A
capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, é uma patologia
extremamente dolorosa causada por uma inflamação na cápsula articular gerando
limitação dos movimentos do ombro.
A
causa desta inflamação não é exatamente conhecida. Sabe-se que ela é muito
comum em pessoas com distúrbios hormonais, como o diabetes e as doenças da tireóide,
porém pode ocorrer em pessoas sem essas alterações. Ela também pode se
desenvolver em pacientes que permanecem com o ombro imobilizado por um período longo
ou em pacientes com hérnia de disco cervical.
A
capsulite é considerada uma doença autolimitada, que se cura mesmo sem
tratamento. Porém essa cura pode levar de 2 até 3 anos com dor e limitações
muito significativas.
Segundo
Neviaser (1987), existem quatro estágios de evolução da Capsulite Adesiva do
ombro, sendo:
-
1º Estágio de Pré-Adesão: caracterizado uma reação
inflamatória sinovial que só pode ser detectada por visualização artroscópica.
-
2º Estágio de Sinovite Adesiva Aguda: caracterizado por
sinovite proliferativa e formação de aderências.
-
3º Estágio de Maturação: caracterizada por redução de
sinovite com perda da prega axilar.
-
4º Estágio Crônico: as aderências estão totalmente
estabelecidas e são marcadamente restritivas.
Entretanto
podem ser observados três estágios clínicos da patologia:
- Fase I:
estágio em que se observam os sinais característicos de uma inflamação aguda
como a dor intensa ao repouso que restringe os movimentos do ombro,
principalmente de rotação externa com abdução. Esta fase pode ser confundida
facilmente com outras patologias como bursites e tendinites.
- Fase II:
se instala um padrão capsular com restrição da amplitude de movimento do ombro
em rotação externa maior que a limitação na abdução, e esta maior que a
limitação da rotação interna. Nesta fase a dor é menos intensa e aparece
somente ao movimento.
- Fase III:
conhecida como fase do descongelamento, há uma melhora gradativa da amplitude
de movimento e redução da dor facilitando o retorno a função.
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