Hoje viemos falar sobre NEUROMODULAÇÃO! Se você não conhece e tem curiosidade em saber sobre esse assunto, confira no vídeo abaixo : o que é, como usar e 5 aplicações fisioterapêuticas!
O que é neuromodulação?
A neuromodulação consiste em estimular com eletricidade baixa uma região do cérebro ou de uma raiz nervosa periférica de maneira não invasiva ou invasiva para proporcionar benefícios num curto espaço de tempo (Kidgell e colaboradores, 2013).
Como usar?
A neuroestimulação pode ser usada por dois tipos de métodos, sendo:
Invasivo, o qual é realizado pelo médico, uma vez que, requer necessidade de cirurgia para o implante do eletrodo na área a ser estimulada, utilização de anestesia, por tanto o paciente fica inconsciente. Com esse método é possível realizar a Eletroconvulso Terapia.
Não invasivo, já era utilizado desde o século XVIII, quando o físico italiano Luigi Galvani, realizou diversos estudos com eletricidade. Usa-se eletrodos para estimular a área, seja por via transcutânea ou transcraniana. É um método no qual o paciente encontra-se consciente e após a aplicação pode voltar normalmente às suas atividades, por isso, é muito usado, além do mais pode ser aplicado por outros profissionais, inclusive o fisioterapeuta. Com essse método é possível realizar a Estimulação Transcraniana com Corrente Contínua( ETCC), Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e Estimulação Elétrica Periférica.
Objetivos
É um processo que influencia a
sinapse neuronal para deixando-a mais rápida e eficiente. Esse efeito é
realizado pelos neuromoduladores, que são substâncias liberadas nas fendas
pré-sinápticas e que atuam em receptores pós-sinápticos, porém gerando efeitos
mais lentos e discretos do que aqueles gerados pelos neurotransmissores. Os
neuromoduladores ligam-se a receptores pós-sinápticos e eram uma cascata de
reações enzimáticas diversas na célula, que tem efeitos a longo prazo e de
amplo espectro. Os efeitos da neuromodulação podem causar modificações no
metabolismo do neurônio, influenciando o processo sináptico gerado pelos
neurotransmissores.
Principais aplicações fisioterápicas:
Redução ou cura do acidente vascular cerebral (Santos e colaboradores, 2013).
Melhora dos transtornos da depressão (Moffa e colaboradores, 2014).
Finaliza com a dependência de drogas e/ou do álcool (Jansen e colaboradores, 2013).
Diminui as dores crônicas (Fregni e colaboradores, 2006).
Trata da fibromialgia (Fregni e colaboradores, 2006b).
Melhora os transtornos causados pelo Parkinson (Boggio e colaboradores, 2006) e pelo Alzheimer (Nardone e colaboradores,
2012).
Diminui o apetite de pessoas obesas (Montenegro e colaboradores, 2012), melhora o estado psicológico de pessoas impulsivas (Beeli e colaboradores, 2008).
Otimiza o funcionamento da memória de trabalho (Zaehle e colaboradores, 2011) e outros.
Efeitos adversos da ETCC:
A ETCC pode causar efeitos adversos, mas nenhum desses incômodos ocasiona dano no cérebro, os mais comuns são os seguintes (Bikson, Datta, e Elwassif, 2009; Brunoni e colaboradores, 2011; Brunoni, Ponheiro e Boggio, 2012; Caumo, 2012):
Desconforto, podendo ser reduzido se a esponja do eletrodo estiver com soro fisiológico com concentração entre 15 a 40 mM;
Cefaleia;
Vertigem;
Náusea;
Irritação na pele;
Coceira;
Formigamento
Queimação da pele.
Contraindicações:
Pacientes que fazem uso de anticoagulantes ou com distúrbios de coagulação;
Pacientes com infecção ativa da provável área cirúrgica;
Pacientes com marcapassos cardíacos;
Gestação.
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