EFEITO DA ESTIMULAÇÃO NÃO CONTRÁTIL SOBRE O EDEMA

O edema se caracteriza por um excesso de líquido no espaço intersticial causando a expansão do tecido. Isso acontece quando há um desequilíbrio entre a pressão interna e a pressão externa da membrana celular, ou ainda por obstrução do retorno venoso ou linfático. É comum ocorrer uma resposta inflamatória às alterações da hemodinâmica e alterações do funcionamento da célula, como resultado da presença de fluidos, proteínas e de restos celulares, ocasionando o edema.

A formação e a remoção do edema estão baseados na relação entre as pressões:

Ø  Hidrostática Vascular: força a saída de líquido dos capilares para os tecidos;

Ø  Osmótica: atrai o fluido dos tecidos para o interior dos capilares.

Para controle e redução do edema, podemos fazer uso da eletroterapia para estimulação no nível sensorial (como por exemplo, a estimulação pulsada de alta voltagem ou ainda as correntes diadinâmicas), uma vez que este método se mostra eficaz quanto a limitar a formação do edema.

Neste caso, a estimulação é indicada em situações de lesões agudas que se encontram na fase inflamatória, onde a permeabilidade capilar aumenta permitindo a saída de fluidos e de matéria sólida dos vasos com maior facilidade. É então aplicada logo após o início da lesão a fim de reduzir a permeabilidade da membrana antes que ocorra o edema principal.

Segundo estudos, esse tipo de aplicação poderia controlar a formação do edema sendo capaz de reduzir o diâmetro dos microporos capilares. Essa redução no tamanho dos poros da microcirculação poderia então dificultar a passagem de proteínas e fluidos dos vasos para o interstício, diminuindo assim a formação de edema no local da lesão. Alguns autores verificaram ainda que a estimulação anódica aplicada abaixo do limiar motor visível com 120pps e T=8µs é capaz de reduzir de forma eficaz o diâmetro das arteríolas provocando vasoconstrição. Portanto a eletroterapia apresenta efeitos significativos para prevenção e redução do edema.