A carboxiterapia é um recurso que utiliza do Gás Dióxido de Carbono (CO2) para uso terapêutico. Este gás é aplicado por via subcutânea e seu mecanismo de ação se baseia em uma inflamação após a injeção do CO2. Essa técnica foi utilizada a primeira vez em 1932, na estação termal de Spy de Royat, na França, por portadores de arteriopatias periféricas. Os pacientes eram submetidos a banhos secos ou imersão em água carbonada. Em 1953, o cardiologista Jean Baptiste Romuef publicou resultados sobre o uso terapêutico por via subcutânea. Depois a técnica caiu no esquecimento por quatro décadas. Foi redescoberta em 1980 e 1990, sendo utilizado na cirurgia vascular.
Atualmente este recurso é vendido como indicação para vários tratamentos, sendo: redução de estrias, celulite (lipodistrofiaglinóide), flacidez, cicatrizes inestéticas e o principal deles, a lipólise. Apesar de ser um recurso muito popularmente difundido no meio da fisioterapia Dermato-Funcional, não existem muitos trabalhos de alta qualidade metodológica sobre o assunto. É necessário que o profissional tenha uma visão crítica ao realizar o estudo dos artigos para basear sua prática.
A falta de estudos na área faz com que o profissional Fisioterapeuta tenha o papel de qualificar ou desqualificar um método ou terapia; as decisões se baseiam cada dia mais em princípios fisiopatológicos de raciocínio lógico, observação pessoal e intuição, o que é chamado pelos autores do artigo “Carboxiterapia: buscando evidências para aplicação em cirurgia plástica e dermatologia”1 como “experiência do clínico”.
Portanto, podemos concluir que apesar da grade utilização deste recurso, não há uma fonte segura para afirmar a eficácia deste método. Estudos de boa qualidade, incluindo sempre uma boa metodologia, devem ser realizados para que possam ser otimizados os benefícios e minimizados os riscos da carboxiterapia.
1. Ferreira LM, Silva EK, Jaimovich CA, Et al. Carboxiterapia: buscando evidências para aplicação em cirurgia plástica e dermatologia - editorial. Rev. Bras. de Cir. Plást. Vol. 27 no.3 São Paulo July/Sept.2012. p. 350-351
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