O
fenômeno descrito como Ganho de massa Muscular que também pode ser
conceituado como Hipertrofia Muscular, é caracterizado como um
mecanismo de adaptação das fibras musculares às demandas
funcionais impostas a elas.
A
adaptação do organismo às sobrecargas tensionais é dada pelo
aumento das proteínas contrateis miofibrilas, e acontece junto com a
resposta metabólica que se caracteriza pelo aumento da concentração
principalmente de glicogênio, água, e mitocôndrias no local.
Por
razões diversas, a sobrecarga metabólica anaeróbia (sobrecarga das
fibras do tipo II) associa-se com maior grau de hipertrofia muscular
do que a aeróbia. As mitocôndrias e a vascularização aumentam na
sobrecarga metabólica anaeróbia em função da ativação paralela
do metabolismo aeróbio.
As
fibras musculares lentas, que também são chamadas tipo I, ou fibras
vermelhas, são as fibras de contração lenta do nosso corpo, pois
são altamente vascularizadas, predominam nos músculos posturais e
são mais resistentes à fadiga.
As
fibras musculares rápidas, que também são chamadas de tipo II ou
fibras brancas, são de contração rápida e de menor
vascularização.
Fibras
do tipo II A – são aquelas que possuem elevado potencial oxidativo
e glicolítico, resistentes à fadiga, produção de força
relativamente alta.
Fibras
do tipo II B – são aquelas que possuem grande capacidade
glicolítica, sensíveis à fadiga e têm alta produção de força.
Fibras
do tipo II C – intermediárias entre II A e II B, pouco
diferenciadas e representam cerca de 1% do total das fibras do nosso
corpo. (SALGADO, 1999).
Salgado
(1999) afirma, também, que a contração muscular voluntária
recruta preferencialmente as fibras do tipo I e, segundo Low e Reed
(2001), a contração por estimulação elétrica recruta, em
primeiro lugar, as fibras do tipo II.
Essas
diferenças neurofisiológicas entre os tipos de fibras recrutadas
são confirmadas por Zatsiorsky (1999), na estimulação elétrica
temos a ativação predominante das fibras de contração rápida; e
na contração convencional por atividade física temos a ativação
predominante das fibras de contração lenta. Em teoria essa é uma
vantagem da estimulação elétrica, pois as fibras de contração
rápida são principais estimuladoras para a hipertrofia muscular.
A ultra
vantagem da estimulação elétrica, citada por Weineck (1991), é
que a inibição de fadiga do SNC (Sistema Nervoso Central) é
evitada, com isto é possível maior número de repetições e,
portanto, maior carga, o que também leva a maior massa muscular.
De
acordo com Weineck (1991), na eletroestimulação, a contração
muscular não ocorre devido a um impulso comandado pelo SNC (Sistema
Nervoso Central), mas devido a um estímulo elétrico.
Devemos
nos lembrar de que estímulo adequado no tempo certo é capaz de
produzir respostas hormonais satisfatórias, especialmente no que diz
respeito ao GH (Hormônio do Crescimento), insulina e testosterona,
hormônios intimamente ligados à hipertrofia muscular.
Mas
afinal, É possível se obter bons resultados no ganho de massa
muscular utilizando-se da eletroterapia?
Estudos
revelam que com o equipamento e os parâmetros adequados é possível
sim obter bons resultados no ganho de massa muscular utilizando-se da
eletroterapia. Porém, pelo fato de a eletroterapia recrutar mais
fibras do tipo II, consequentemente gera maior fadiga muscular,
portanto o tempo de recuperação das fibras musculares deve ser
maior do que o tempo quando se utiliza do treinamento com forças
externas, este procedimento evita prováveis lesões indesejáveis
nos músculos. Devemos levar em consideração que as fibras do tipo
II desenvolvem maior estímulo para que haja a Hipertrofia muscular
quando são trabalhadas.
Devemos
tomar cuidado com aparelhos de eletroestimulação para uso
doméstico, pois segundo os estudos não são tão efetivos quanto o
método de exercícios convencionais.
Hoje
em dia a eletroestimulação vem sendo usada pela Fisioterapia como
suporte pré-treino para atletas, afim de promover maior fadiga
muscular em treinos de resistência muscular e pode também ser
empregada como auxilio no ganho de massa muscular .
Referências bibliográficas:
Artigo: "FATORES INTERVENIENTES NO GANHO DA MASSA MUSCULAR" , Jakeline Castro de Oliveira,Ana Maria da Silva Rodrigues (ANAIS do II Encontro de Educação Física e Áreas Afins; Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Física (NEPEF) / Departamento de Educação Física / UFPI, 26 e 27 de Outubro de 2007).
Artigo: "ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR E EXERCÍCIOS COM MOVIMENTOS NA DIAGONAL PARA GANHO DE FORÇA EM BÍCEPS E TRÍCEPS BRAQUIAL", Oliveira, F., Maki, T., Calonego, C. A., Nascimento, N. H. e Rebelatto, J. R. (Rev. bras. fisioter. Vol. 6, No. 3 (2002), 159-165).
Artigo: "Efeitos da corrente russa no ganho de força muscular (Effects of russian current on muscle strength)" de Fábio Oliveira Maciel publicado na revista: Fisioterapia Ser • vol. 5 - nº 4 • 2010.
Artigo:"ATIVIDADE FÍSICA CONVENCIONAL (MUSCULAÇÃO) E APARELHO ELETROESTIMULADOR: UM ESTUDO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR. ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA: MITO OU VERDADE?" - Denise Elena Grillo, Antonio Carlos Simões .( Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2003.
Artigo: Exercício físico versus programa de exercício pela eletroestimulação com aparelhos de uso doméstico "Physical exercise versus exercise program using electrical stimulation devices for home use". Santos FM, Rodrigues RGS, Trindade-Filho EM, ( Rev Saúde Pública 2008;42(1):117-22).
Apostila: "MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO Texto de Apoio", Alexandre Lima Carneiro, Tiago Lopes, Prof. Doutor Adelino Leite Moreira (Porto, Ano Lectivo 2002).
Gravura 01:http://blog.ispsaude.com.br/fisioterapia/eletroterapia-aplicada-a-fisioterapia-e-fitness/(acesso dia 09/09/2015).
Gravura 02:http://www.sogab.com.br/floresdias/russajoelho.htm (acesso dia 09/09/2015).
Gravura 03:https://vocemaisaudavel.wordpress.com/category/sem-categoria/page/2/ (acesso dia 09/09/2015).
Gravura 04: http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm (acesso dia 09/09/2015)
Artigo: "FATORES INTERVENIENTES NO GANHO DA MASSA MUSCULAR" , Jakeline Castro de Oliveira,Ana Maria da Silva Rodrigues (ANAIS do II Encontro de Educação Física e Áreas Afins; Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Física (NEPEF) / Departamento de Educação Física / UFPI, 26 e 27 de Outubro de 2007).
Artigo: "ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR E EXERCÍCIOS COM MOVIMENTOS NA DIAGONAL PARA GANHO DE FORÇA EM BÍCEPS E TRÍCEPS BRAQUIAL", Oliveira, F., Maki, T., Calonego, C. A., Nascimento, N. H. e Rebelatto, J. R. (Rev. bras. fisioter. Vol. 6, No. 3 (2002), 159-165).
Artigo: "Efeitos da corrente russa no ganho de força muscular (Effects of russian current on muscle strength)" de Fábio Oliveira Maciel publicado na revista: Fisioterapia Ser • vol. 5 - nº 4 • 2010.
Artigo:"ATIVIDADE FÍSICA CONVENCIONAL (MUSCULAÇÃO) E APARELHO ELETROESTIMULADOR: UM ESTUDO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR. ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA: MITO OU VERDADE?" - Denise Elena Grillo, Antonio Carlos Simões .( Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2003.
Artigo: Exercício físico versus programa de exercício pela eletroestimulação com aparelhos de uso doméstico "Physical exercise versus exercise program using electrical stimulation devices for home use". Santos FM, Rodrigues RGS, Trindade-Filho EM, ( Rev Saúde Pública 2008;42(1):117-22).
Apostila: "MECANISMOS DE ADAPTAÇÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO Texto de Apoio", Alexandre Lima Carneiro, Tiago Lopes, Prof. Doutor Adelino Leite Moreira (Porto, Ano Lectivo 2002).
Gravura 01:http://blog.ispsaude.com.br/fisioterapia/eletroterapia-aplicada-a-fisioterapia-e-fitness/(acesso dia 09/09/2015).
Gravura 02:http://www.sogab.com.br/floresdias/russajoelho.htm (acesso dia 09/09/2015).
Gravura 03:https://vocemaisaudavel.wordpress.com/category/sem-categoria/page/2/ (acesso dia 09/09/2015).
Gravura 04: http://www.uff.br/WebQuest/pdf/musc.htm (acesso dia 09/09/2015)
Parabéns galera! Ótimo trabalho!
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ExcluirMuito interessante.
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ExcluirParabéns pelo artigo, bem esclarecedor e irá me ajudar nas provas da facul !!
ResponderExcluirAgradecemos pelo elogio e por sua visita ao blog, sinta-se á vontade para esclarecer suas dúvidas sobre os Recursos Terapêuticos Físicos.
ExcluirÓtimo artigo ! Vai me ajudar bastante nos estudos
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