terça-feira, 13 de maio de 2014

Eletroterapia: Por quantas sessões devo usar??

               Para poder determinar o número de sessões e métodos de tratamento, é necessário executar uma criteriosa avaliação fisioterápica, para então traçar os objetivos a serem alcançados mediante as condições clinicas do paciente. 
           Esta avaliação tem como objetivo identificar os problemas do paciente e deve ser realizada constantemente para identificar alterações nos objetivos estabelecidos. Sendo essa dividida em 2 etapas:

1.      Dados de identificação
a.      História da Doença atual
b.      História da Doença pregressa
c.       História social
d.      História familiar
e.      Queixa principal
2.      Exame físico (varia de acordo com cada caso).

      Após analisar os resultados obtidos na avaliação é preciso determinar o objetivo do tratamento para então estabelecer as prioridades de cada caso, para desta forma determinar o número de sessões adequadas.
      Com isso o Fisioterapeuta não pode determinar um número de sessões fixo, pois o número de sessões varia conforme a resposta do paciente.

Eletroterapia para promoção de contração muscular: É possível?

Para aplicar efetivamente a eletroestimulação é importante rever alguns princípios básicos de como os nervos são ativados pelos sinais elétricos e como os músculos se contraem em resposta a esses sinais. É também importante compreender os tipos de fibras musculares, padrões normais de recrutamento de fibras musculares e o modo como esses são revertidos quando se usa a estimulação elétrica (eletroterapia). Será discutida a aplicação prática da estimulação elétrica neuromuscular (NMES) de músculos inervados e da estimulação elétrica muscular (EMS) de músculos desnervados. Ao longo do trabalho será de fácil percepção se o tipo de grupo muscular e a contração consegue ou não o ganho de força muscular.

Tipos de Aparelhos

Há comercialmente um número imenso de aparelhos para estimulação elétrica (usando uma variedade de tipos de correntes) que são vendidos sob uma variedade de nomes. Os aparelhos podem ser portáteis (operados a bateria) ou ligados na rede elétrica e tem havido algum debate sobre qual tipo de aparelho seria melhor para o fortalecimento muscular. Alguns pesquisadores têm argumentado que as unidades ligadas à rede elétrica podem produzir maiores ganhos de força, já que podem causar níveis de força de contração para treinamento mais elevados, particularmente quando usados para grupos musculares maiores como o quadríceps. Contudo, não há evidências claras de que qualquer tipo de aparelho tenha uma eficácia maior. É essencial que o usuário verifique se o aparelho a ser usado tem disponíveis os parâmetros exigidos e adequados para o tratamento.

  • Fortalecimento em condições não-neurológicas


Têm sido propostos dois mecanismos para o fortalecimento muscular com NMES. Primeiro, os ganhos de força podem ser conseguidos da mesma maneira que nos programas convencionais de fortalecimento usando exercícios voluntários, que usam um baixo número de repetições com altas cargas externas e uma alta intensidade de contração muscular (pelo menos 75% do máximo). O segundo mecanismo através do qual o fortalecimento pode ocorrer é o recrutamento preferencial de fibras musculares fásicas do tipo n, que têm um limiar mais baixo para NMES.

  • Estimulação elétrica de músculos saudáveis


Em geral, as evidências das pesquisas, não suportam o uso da estimulação elétrica para aumentar a força ou a resistência à fadiga em músculos saudáveis. Tem sido mostrado claramente que a combinação de estimulação elétrica e exercício não é mais efetiva do que apenas exercício. É importante notar que em geral os efeitos vistos com a NMES foram produzidos com forças de treinamento muito mais baixas do que as usadas no exercício voluntário.
  Há, contudo, alguma controvérsia quanto à NMES ser mais efetiva para o fortalecimento dos músculos abdominais do que o exercício voluntário. Embora a NMES de múltiplos grupos musculares (incluindo a estimulação dos músculos abdominais) do modo usado em clínicas de tonificação muscular tenha se mostrado totalmente inefetiva para o fortalecimento muscular, há alguma evidência de que a NMES combinada com o exercício voluntário possa ser mais efetiva do que o exercício sozinho para o treinamento abdominal em indivíduos saudáveis. Isso pode ser explicado pelo fato de que em muitos adultos saudáveis os músculos abdominais se acham atrofiados ou que o uso de NMES facilita o aprendizado da ativação correta dos músculos abdominais.

  • Estimulação elétrica de músculos atrofiados



A estimulação elétrica para fortalecimento é útil clinicamente para prevenir a atrofia por desuso em casos que envolvem imobilização ou contra-indicações para o exercício dinâmico, no início da reabilitação facilitando a contração muscular, no fortalecimento muscular seletivo ou na reeducação muscular .
Existem muitos estudos que examinaram os efeitos da estimulação elétrica na força em populações de pacientes, por exemplo, após reparo do ligamento cruzado anterior ou em distúrbios patelofemorais. Alguns desses estudos têm mostrado que a NMES (com ou sem exercícios voluntários) causa uma melhora na força maior do que o exercício voluntário sozinho enquanto outros estudos têm mostrado que a NMES é apenas tão efetiva quanto o exercício voluntário quando a intensidade do programa de exercícios voluntários é maior.


Embora os estudos que examinaram o efeito da NMES tenham enfocado em grande parte a reabilitação de lesões de joelho, essa tem se mostrado útil na reabilitação de pacientes com disfunção do assoalho pélvico, que pode levar a incontinência fecal e urinária. A estimulação elétrica foi feita através de uma sonda endoanal usando regulagens de baixa frequência de 20 Hz e de alta frequência de 50 Hz para atividade direcionada para fibras estáticas (de contração lenta) e dinâmicas (de contração rápida) com um tempo de modulação em rampa de 20%. Após 12 semanas de tratamento (uma sessão por semana), a estimulação elétrica combinada com o biofeedback audiovisual da atividade muscular melhorou significativamente as pontuações de continência. Foram encontradas melhoras significativas na incontinência urinaria após 15 semanas de estimulação da musculatura do assoalho pélvico.

  • Estimulação elétrica do músculo desnervado

Apesar de mais de um século de uso de EMS para estimular músculos desnervados, a controvérsia quanto ao seu uso e eficácia ainda permanece. Isso é primariamente devido à variedade de protocolos de tratamento que têm sido usados para avaliar o tratamento. Embora atualmente não haja consenso sobre o ciclo de trabalho que deve ser usado e a frequência de estimulação ou o número de contrações que deveriam ser empregados, sugeriram que a EMS pode protelar a atrofia e as alterações associadas. Contudo, também observaram que não há evidências sugerindo que tal retardo seja significativo em termos da recuperação final.


Fraturas X Ultrassom - Parte II

Ultrassom e sua utilização:

Estimulação ultrassônica e Consolidação óssea

            Quem já passou pela experiência de fratura sabe que, não é só a dor que preocupa, mas também quanto tempo levará para a total  recuperação. Seria muito legal se pudéssemos reduzir ao máximo esse tempo né? Em resposta disso temos o Ultrassom (US) que é uma forma de onda mecânica de alta frequência que transmite energia através da vibração das partículas no meio no qual se propaga e que tem destacado-se como recurso terapêutico por promover a aceleração do processo de cicatrização após uma lesão.
     
E como Funciona?


            As ondas propagadas são ondas sonoras, não audíveis ao ser humano. Essas ondas são produzidas a partir da transformação da corrente elétrica em   corrente de alta frequência, na forma de ondas de pressão, num fenômeno conhecido como efeito piezoelétrico. "As ondas atuam sobre os íons de cálcio do osso, direcionando-os e estimulando a regeneração".
Outros mecanismos de ação do ultrassom que justificam o seu uso para a consolidação óssea é: estímulo à síntese de proteína agregadora de matriz extracelular (YANG et al., 1996), estímulo à síntese de fatores de crescimento (MASAYA et al., 2000) e influência sobre reações celulares envolvidas na consolidação óssea (AZUMA et al.,).
As ondas ultra-sônicas produzem uma ação mecânica vibratória nas células, podendo ter uma freqüência de 870 KHz a 1 MHz (ação mais profunda) e 3 MHz (ação mais superficial). Elas podem ser contínuas ou pulsadas.                                                                                                             
Aplicação Prática

Além de ter uma boa relevância no tratamento de cicatrização óssea em nós seres humanos, os nossos queridos animaizinhos de estimação também podem beneficiar-se dessa técnica.


"Verificou-se que os animais permitiram o contato do transdutor do aparelho para o tratamento diário, sem demonstração de dor ou desconforto. Não houve necessidade de tranquilização dos pacientes para a realização deste procedimento." 


"Pesquisas experimentais comprovaram os efeitos osteogênicos do ultrassom de baixa  intensidade em cães."

Fraturas X Ultrassom - Parte I

A fratura é a ruptura dos ossos, ou seja, quando acontece uma perda da continuidade óssea. Após um traumatismo, o osso se divide em dois ou mais fragmentos. 
Elas podem ser únicas ou múltiplas, por encurtamento muscular violento ou por torção, completas ou incompletas, oblíquas, epifisárias, fechadas ou abertas e etc. Podendo também serem classificadas como:
  1. Fraturas traumáticas = Carga maior que a suportada pelo osso, fatores que enfraquecem o osso;
  2. Fraturas traumáticas = Carga maior que a suportada pelo osso, fatores que enfraquecem o osso;
  3. Fraturas Patológicas = Ocorrem espontaneamente com traumatismos mínimos sobre um osso fragilizado por osteoporose ou por um tumor ósseo;
  4. Fratura simples = Apenas o osso é atingido;
  5. Fraturas expostas = A pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior;
  6. Fraturas complicadas = Quando são atingidas outras estruturas além do osso, como vasos sanguíneos, nervos músculos, etc).
Complicações das Fraturas:

Dor, edema, incapacidade total e parcial de movimentos e posturas anormais podem ser consequências de uma fratura. Os sinais do traumatismo são como hematomas e lesões cutâneas. Nas fraturas expostas ou complicadas podem aparecer outros sinais e sintomas  como por exemplo infecção óssea, dependendo do tipo de evento.

Tratamento Fisioterápico de fraturas: Ultrassom

O tratamento para consolidação de fraturas com a utilização do ultrassom, se da pela estimulação nas células osteoblásticas, promovendo:
• ↑ da proliferação celular;
• ↑ da atividade de fosfatase alcalina e o da quantidade de cálcio;
• ↑ prostaglandinas ( mediador fundamental para a formação óssea);
• ↑ a síntese de integrinas (papel fundamental de sinalização na superfície celular e participa da construção da rede de matriz de colágeno)
• Promove a reorganização do citoesqueleto de osteoblastos;
O Ultrassom é um meio efetivo, seguro e com baixo custo para ser utilizado em fraturas com difícil consolidação.