Você conhece e sabe a importância do novembro azul?!
Há muitas
campanhas no mês de outubro sobre a prevenção do câncer de mama, o famoso
outubro rosa, mas você já ouviu falar sobre o novembro azul?!
Novembro azul é uma
campanha mundial cujo objetivo é ressaltar a importância da prevenção do câncer
de próstata. É uma tentativa de mobilizar a população masculina a ir fazer o
exame de toque, ou até o exame que mede o PSA, que é tão eficaz quanto o do
toque, para que caso o paciente tenha o câncer, ele sendo diagnosticado no inicio
da doença, aumenta a chance de cura desse câncer.
Mas você sabe o quanto é importante essa prevenção?!
No homem é frequente a incontinência
urinária após a ressecção transuretral da próstata e a prostatectomia radical, utilizadas
amplamente no tratamento do câncer da próstata.
A incontinência urinária após a
prostatectomia radical é consequente de lesões esfincterianas que tornam a
geometria da junção uretrovesical menos favorável para manter a continência
urinária, gerando maior exigência do esfíncter uretral externo.
A continência urinária depende da
integridade do esfíncter interno no colo vesical; do mecanismo uretral passivo formado
pelo segmento prostático e membranoso; do esfíncter externo no assoalho
pélvico, que depende da integridade de fibras musculares estriadas de
contrações rápidas, de caráter voluntário, que facilmente entram em fadiga. O
esfíncter externo tem importância na continência durante aumentos súbitos da
pressão intra-abdominal.
A incontinência após prostatectomia é uma
complicação de difícil tratamento que causa um profundo impacto negativo na
qualidade de vida do indívíduo, gerando dificuldades psicológicas como
ansiedade, insônia e depressão, além de complicações como infecção recorrente
do trato urinário, dermatites, constrangimento, afetando profundamente a auto -
estima do indivíduo.
O estigma associado à incontinência
urinária muitas vezes impede o homem de procurar assistência médica e um
tratamento adequado, embora a incontinência seja menos frequente em homens do
que comparado às mulheres.
Como a fisioterapia pode ajudar?
O tratamento recomendado para
incontinência urinária após prostatectomia é fisioterapêutico e inclui o treino
da musculatura do assoalho pélvico; o uso do “biofeedback”; a eletroestimulação
funcional dos músculos do assoalho pélvico com eletrodo endo-anal; estimulação
elétrica transcutânea ou uma combinação desses métodos.
Estimulação elétrica
A estimulação elétrica pode ser pélvica e
perineal. O nervo pudendo é a principal estrutura para essa estimulação por ser
responsável pela extensa inervação do assoalho pélvico, pela atividade reflexa
detrusora.
O eletrodo colocado no reto pode acessar
uma quantidade significativa de fibras eferentes do nervo pudendo, podendo
produzir forte contração nos músculos do assolho pélvico. Essa estimulação dos
músculos do assoalho pélvico promove contração reflexa do esfíncter externo e
do elevador do ânus, compressão uretral, aumento da resistência ao fluxo e
melhora o controle urinário.
Cuidados para a aplicação
O eletrodo colocado tem que ser o mais
cômodo possível.
Os parâmetros (principalmente frequência
e amplitude) devem ser ajustados para cada paciente.
O tratamento engloba a utilização da
estimulação elétrica com eletrodos uma a duas vezes por dia, durante 15 a 30
minutos variando entre 14 a 16 semanas em média.
A saúde do homem é pouco discutida , toda divulgação ainda é pouca para conscientização de que a prevenção ainda é a melhor saída !
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