quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CALIBRAÇÃO DE RECURSOS TERAPÊUTICOS FÍSICOS


   Os instrumentos utilizados pela fisioterapia, assim como qualquer outro aparelho eletrônico, devem passar por constante calibração, esta corresponde a ajustar, medir ou balancear, neste caso, os parâmetros do equipamento.
   De fato, o uso de recursos físicos vem crescendo no Brasil e por todo mundo. Constantemente novos aparelhos surgem no mercado com promessas chamativas e muitas vezes ilusórias. Por esta razão, os órgãos de controle criam normas para utilização consciente e não prejudicial. 
  Na fisioterapia, por exemplo, tem-se o CREFITO que estabelece condições para a instalação e funcionamento de serviços de fisioterapia. Como podemos notar nos itens da RESOLUÇÃO SES Nº3182 DE 23 DE MARÇO DE 2012:

6.1.6. Os equipamentos e aparelhos utilizados nos serviços de fisioterapia devem estar em boas condições de higiene, conservação e funcionamento e ter registro no Ministério da Saúde/ANVISA, conforme a legislação vigente.
6.1.7. Os serviços de fisioterapia devem realizar manutenção preventiva e corretiva de todos os equipamentos.
6.1.8. Os serviços de fisioterapia devem apresentar certificado de calibração de todos os aparelhos e equipamentos sujeitos a calibração, a qual deve ser realizada em empresas certificadas, periodicamente, de acordo com as orientações do fabricante, orientações dos organismos de reconhecimento e/ou acreditação, uso e exatidão.

   O CREFITO valida ou não os serviços ofertados, evitando assim propagandas enganosas e que criam expectativas aos clientes que não podem ser alcançadas.
   A eficácia da terapia com recursos terapêuticos físicos não depende apenas do tipo de recurso utilizado, sua marca ou modelo. Ela depende da capacidade destes equipamentos realizarem a sua função terapêutica de acordo com os parâmetros utilizados.
   Por isso ao comprar um recurso físico é necessário exigir do fabricante o certificado de calibração do aparelho.  Este certificado garante que os parâmetros que selecionamos são os mesmos que ele estará emitindo durante a terapia.
   Recomenda-se manter todos os equipamentos dentro de um programa de manutenção periódica que garantirá o seu poder terapêutico e reduzirá os riscos de lesões. A periodicidade de manutenção e calibração é indicada no manual operacional que acompanha cada equipamento.
   O aparelho de ultrassom, por exemplo, deve ser calibrado de acordo com a norma, NBR-IEC 1689, em vigência no Brasil, que prescreve sobre os desempenhos e os métodos de medição de campo acústico de aparelhos de ultrassom terapêuticos. 
  Outro exemplo éo laser, recurso presente em um grande número de clínicas e que é utilizado sob as normas nacionais (NBR IEC 60601-2-22) e internacionais (IEC 60825-1 e TR IEC 60825-8) que visam à segurança dos usuários e operadores. Sabe-se que o laser de baixa potencia, atua reduzindo o processo inflamatório e álgico, porém, os efeitos da terapia laser pode também produzir danos àpele e aos olhos ao ser aplicado inadequadamente ou quando o equipamento encontra-se descalibrado.

   A calibração periódica dos equipamentos assegura a manutenção das condições originais de funcionamento, garantindo o seu desempenho e segurança na aplicação.




LEMBRE-SE: O uso correto dos equipamentos e recursos terapêuticos promove a melhora do paciente e dá credibilidade ao trabalho do fisioterapeuta!!!





Referencias:
http://www.crefito4.org/maisinfo. php?sec=cnj&id=143. Acessado em: 08/09/2014
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-491323. Acessado em: 08/09/2014
Dosimetria de aparelhos de Ultra-som Terapêutico utilizando Balança semi-analítica. R. Guirro, D. Elias, F. Serrão e A.J. Bucalon. Rev. Bras. Fisiot. V. 1, No. 2 (1996) 79-82.
Avaliação da conformidade dos equipamentos LASER de baixa potência e emissão contínua empregados em fisioterapia. –Bertolini G. R. F., Nohama P. Rev. Fisioterapia em movimento, Curitiba, V. 20, n. 2, p. 13-23, abr./jun., 2007.

3 comentários:

  1. Acho muito importante que tenha um órgão fiscalizador para controle dos equipamentos cujo único propósito parece ser de enriquecer os fabricantes, já que os clientes não podem ter tratamentos ineficientes, que comprometerão suas condições futuras.

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  2. qual a diferença entre este laser que provoca analgesia e reduz efeitos inflamatorios com o laser da depilação?

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  3. A principal diferença está na dosagem, considere-se que um laser utilizado em até 8 J/cm² produza mais efeitos excitatórios como o controle do processo inflamatório e de 8 a 20 J/cm² mais efeitos inibitórios como a analgesia

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