Os instrumentos utilizados pela fisioterapia, assim como
qualquer outro aparelho eletrônico, devem passar por constante calibração, esta
corresponde a ajustar, medir ou balancear, neste caso, os parâmetros do
equipamento.
De fato, o uso de recursos físicos vem crescendo no
Brasil e por todo mundo. Constantemente novos aparelhos surgem no mercado com
promessas chamativas e muitas vezes ilusórias. Por esta razão, os órgãos de controle criam normas para utilização consciente e não prejudicial.
Na fisioterapia, por exemplo, tem-se o CREFITO que estabelece condições para a instalação e
funcionamento de serviços de fisioterapia. Como podemos notar nos itens da RESOLUÇÃO SES Nº3182
DE 23 DE MARÇO
DE 2012:
6.1.6. Os
equipamentos e aparelhos utilizados nos serviços de fisioterapia devem estar em
boas condições de higiene,
conservação e funcionamento
e ter registro no Ministério da Saúde/ANVISA, conforme a
legislação vigente.
6.1.7. Os serviços de fisioterapia devem realizar manutenção
preventiva e corretiva de todos os equipamentos.
6.1.8. Os serviços de fisioterapia devem apresentar
certificado de calibração de todos os aparelhos e equipamentos sujeitos a
calibração, a qual deve ser realizada em empresas certificadas, periodicamente,
de acordo com as orientações do fabricante, orientações dos organismos de
reconhecimento e/ou acreditação, uso e exatidão.
O CREFITO valida ou não os serviços ofertados, evitando
assim propagandas enganosas e que criam expectativas aos clientes que não podem
ser alcançadas.
A
eficácia da terapia com recursos
terapêuticos físicos não depende apenas do tipo de recurso utilizado, sua marca
ou modelo. Ela depende da capacidade destes equipamentos realizarem a sua função
terapêutica de acordo com os parâmetros utilizados.
Por isso ao comprar um recurso físico é necessário exigir do fabricante o certificado de calibração do aparelho. Este certificado garante que os parâmetros que selecionamos são os mesmos que ele estará emitindo durante a terapia.
Recomenda-se manter
todos os equipamentos dentro de um programa de manutenção periódica que garantirá o seu poder terapêutico e reduzirá os riscos de lesões. A periodicidade de manutenção e
calibração é indicada no manual operacional que
acompanha cada equipamento.
O aparelho de ultrassom, por exemplo,
deve ser calibrado de acordo com a norma, NBR-IEC
1689, em vigência no Brasil, que prescreve sobre os desempenhos e os métodos de
medição de campo acústico de aparelhos de ultrassom terapêuticos.
Outro exemplo
éo laser, recurso presente em um grande número de clínicas e que é utilizado
sob as normas nacionais (NBR IEC 60601-2-22) e internacionais (IEC 60825-1 e TR
IEC 60825-8) que visam à segurança dos usuários e operadores. Sabe-se que o
laser de baixa potencia, atua reduzindo o processo inflamatório e álgico, porém,
os efeitos da terapia laser pode também produzir danos àpele e aos olhos ao ser
aplicado inadequadamente ou quando o equipamento encontra-se descalibrado.
A calibração periódica
dos equipamentos assegura a manutenção das condições originais de funcionamento,
garantindo o seu desempenho e segurança na aplicação.
LEMBRE-SE: O uso correto dos equipamentos e recursos terapêuticos promove a
melhora do paciente e dá credibilidade ao trabalho do fisioterapeuta!!!
Referencias:
http://www.crefito4.org/maisinfo. php?sec=cnj&id=143.
Acessado em: 08/09/2014
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-491323.
Acessado em: 08/09/2014
Dosimetria de aparelhos de Ultra-som Terapêutico
utilizando Balança semi-analítica.
–R.
Guirro, D. Elias, F. Serrão e A.J. Bucalon. Rev. Bras. Fisiot. V. 1, No. 2 (1996)
79-82.
Avaliação da conformidade dos equipamentos LASER de baixa potência e emissão contínua empregados em fisioterapia. –Bertolini
G. R. F., Nohama P. Rev. Fisioterapia em movimento, Curitiba, V. 20, n. 2, p.
13-23, abr./jun., 2007.
LEMBRE-SE: O uso correto dos equipamentos e recursos terapêuticos promove a
melhora do paciente e dá credibilidade ao trabalho do fisioterapeuta!!!
Acho muito importante que tenha um órgão fiscalizador para controle dos equipamentos cujo único propósito parece ser de enriquecer os fabricantes, já que os clientes não podem ter tratamentos ineficientes, que comprometerão suas condições futuras.
ResponderExcluirqual a diferença entre este laser que provoca analgesia e reduz efeitos inflamatorios com o laser da depilação?
ResponderExcluirA principal diferença está na dosagem, considere-se que um laser utilizado em até 8 J/cm² produza mais efeitos excitatórios como o controle do processo inflamatório e de 8 a 20 J/cm² mais efeitos inibitórios como a analgesia
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