sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Eletroterapia para músculos inervados X denervados: há diferença?

A eletroterapia se baseia no uso de correntes de baixa (0 a 200 Hz) e média (1.000 a 4.500 Hz) frequência para fins terapêuticos. Ambas podem promover a contração muscular, porém é sabido que as correntes de média frequência geram menor desconforto ao paciente enquanto as de baixa frequência tem maior potencial para estimular os músculos com problemas na ativação.
Sendo assim, a estimulação muscular pode acontecer de duas maneiras, utilizando a estimulação elétrica neuromuscular (EENM) na qual se aplica um estímulo elétrico direcionado ao nervo periférico íntegro que estimulará por consequência a placa motora. Ou ainda utiliza-se a estimulação elétrica muscular (EEM) nesta, a aplicação da corrente é feita diretamente no músculo pelo fato de haver um comprometimento parcial ou total da inervação.
A EENM técnica é realizada em tecidos saudáveis e gera melhor resultado, porque o tecido neural se excita mais facilmente que o tecido muscular. Na EENM os eletrodos devem ser posicionados sobre o ponto motor do músculo ou sobre nervos periféricos que o inervam.
 A EEM é indicada para músculos denervados e necessita de pulsos específicos de longa duração devido à impedância da membrana de sua fibra muscular ser maior do que a impedância da membrana de sua fibra nervosa.
Sabe-se que o recrutamento das fibras musculares ocorre em função do comando nervoso, ou seja, através dos estímulos provindos da medula espinhal acontece a ativação da placa motora.
Porém, e se o nervo periférico estiver lesado, como haverá a condução de estímulos para contrair a musculatura? Tendo em vista isso, a fisioterapia utiliza da EEM que aplica estímulos diretamente no músculo, com o intuito de evitar a atrofia, a perda de massa muscular e fraqueza.
De fato, estudos apontam a eficácia deste recurso, todavia, os parâmetros para aplicação ainda não são definidos como: intervalos de aplicação da estimulação ao longo de 24 horas e a quantidade de estímulos por dia.

Tendo em vista isso, o terapeuta deve não só conhecer a patologia como os efeitos da estimulação e qual técnica é a recomendada para cada tratamento, evitando lesões, desgastes ou até mesmo estímulos insuficientes para prevenir a atrofia das fibras musculares.

2 comentários:

  1. Olá! Gostaria de saber o que acontece no tecido quando é aplicada uma corrente elétrica e quais efeitos esta promove?

    ResponderExcluir
  2. qual o prognóstico de quem utiliza correntes para condução de estimulos, ou seja, quantas sessões são necessarias, normalmente, para pacientes receberem alta do tratamento?

    ResponderExcluir

Deixe seu cometário aqui.