Aplicação da eletroterapia em
contração muscular:
ELETROESTIMULAÇÃO PARA CONTRAÇÃO
MUSCULAR DO ASSOALHO PELVICO
A eletroterapia pode auxiliar no
tratamento da incontinência urinária por esforço, através da contração muscular
do assoalho pélvico em mulheres com esse tipo de problema. A incontinência
urinaria consiste na perda incontrolável de urina, considerando o principal
distúrbio do assoalho pélvico. Os exercícios perineais é o recurso
fisioterapêutico que atua no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico
por meio de movimentos voluntários e repetidos, com variações diárias de 30 a
200 contrações. A eletro estimulação reeduca o assoalho pélvico por condicionar
um aumento do comprimento funcional e da transmissão de pressões, tendo como
vantagem proporcionar o comando contrátio e ganho de força muscular.
Segundo o artigo Eletro estimulação
transvaginal do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinaria de
esforço: avaliações clínicas e ultra-sonografica de (Herrmann* V. et al. Rev Assoc
Med Bras 2003; 49(4):401-5), trabalho realizado na Unicamp – Universidade
Estadual de Campinas, SP. Foram utilizados para o estudo 22 mulheres com idade
entre 22-74 anos, estas foram diagnosticadas através de um estudo urodinamico e
submetidas à Eletroestimulação transvaginal do assoalho pélvico. Durante a
intervenção foi utilizado o aparelho da marca QUARK – Dualpex 96l, com dois
canais independentes, emissor de pulsos bipolares com compensação simétrica,
introduzido até próximo à espinhaciática, com os seguintes parâmetros:
- Corrente bifásica,
- Freqüência: fixa em 50Hz,
- Largura de pulso de 700s
- Intensidade de corrente que variou entre 12 a 53mA, conforme a
tolerabilidade de cada mulher.
As mulheres foram submetidas a duas
sessões semanais, cada uma com duração de 20 minutos, durante dois meses
consecutivos. Dezoito mulheres afirmaram satisfação com eletro estimulação, e
relataram redução significativa do número de perdas urinárias. A eletro
estimulação reeduca o assoalho pélvico por condicionar um aumento do
comprimento funcional e da transmissão de pressões, tendo como vantagem
proporcionar o comando contrátil e ganho de força muscular. Portanto a essa
alternativa terapêutica pode ser considerada efetiva.