Os
aparelhos de laserterapia atualmente mais conhecidos são o Laser (Light
amplificationby simulated of radiation) e o LED (Lght emited diode). Esses
recursos físicos utilizam os efeitos da luz de baixa potência para a regulação
e normalização da função celular, podendo ter ações inibitórias ou
excitatórias. Um exemplo da ação fotobioestimuladora da luz de baixa potência
seria o aumento do processo de reparo tecidual, enquanto a ação
fotobioinibitória é responsável, dentre outras, pela modulação da dor.
Os
efeitos do Laser de baixa potência para o processo de reparo tecidual são
amplamente estudados e demonstram um caráter positivo para aumento da
proliferação fibroblástica, angiogênese, diminuição dos sintomas
pró-inflamatórios e para ações analgésicas. A laserterapia tem a capacidade de
regular o metabolismo celular de
diversas formas: Aumenta a taxa respiratória e a produção de ATP, normaliza o
potencial da membrana plasmática e estimula a mitose celular. A luz também pode atuar em processos
inflamatórios, modulando a liberação de
prostaglandina e Beta- endorfinas, aumentando o fluxo sanguíneo local e
controlando a dor. Devido a essas propriedades terapêuticas, a fototerapia tem
sido utilizada para o tratamento de diversas desregulações e disfunções
corporais, dentre elas as tendinopatias agudas (Tendinite) e/ou crônicas
(Tendinose).
As
tendinopatias são doenças que acometem os tendões. Quando ocorre de forma
aguda, consequentemente acompanhadas de processo inflamatório, são chamadas de
tendinites. Quando ocorrem microlesões teciduais frequentes, podemos ter uma
degeneração crônica chamada de Tendinose. O uso do Laser para tratamento de traumas do tendão calcanear é bastante conhecido no
universo terapêutico. No entanto, não se tem muitos estudos que avaliam o
desempenho do Laser de baixa potência em pessoas imunossuprimidas. É de
conhecimento acadêmico os diversos efeitos negativos da imunossupressão no
organismo. No entanto, não se sabe ao certo se a imunossupressão pode
interferir no tratamento fototerápico de
tendiopatias.
Fernanda.O.B,
et al (Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, dov.18, n.4, p. 335-40, out/dez. 2011)
, desenvolveu um estudo sobre o uso de Laser de baixa potência em ratos
imunossuprimidos com trauma do tendão calcanear, para modulação da dor. Para
tanto,os animais foram imunodeprimidos através do tratamento medicamentoso com
Ciclosporina A durante 5 dias pré-trauma, com uma dose de 10 mg/Kg. O aparelho
utilizado para a laserterapia foi da marca IBRAMED, modulado nos seguintes
parâmetros:
comprimento de onda: de 670 nm
|
Dose: 2 J/cm²
|
Potência: 30 mW
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Técnica: Pontual, com contato
|
Emissão: Contínua
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Duração: 4 segundos
|
Foram
feitas no total 3 aplicações : Uma no momento da avaliação pós-lesão, uma
depois de 24 horas e outra depois de 48 horas. Ao final do tratamento, foi
observado que mesmo em organismos imunodeficientes, o Laser de baixa potência,
modulado nos parâmetros acima, ainda possui efeito analgésico satisfatório. No
entanto, é necessário ainda o desenvolvimento de estudos que correlacionem o
efeito analgésico do laser em organismos imunossuprimidos, com alterações
químicas e histológicas ocorridas no tecido.
Para saber mais sobre o presente estudo, abaixo se
encontra o nome do artigo e autores:
''Análise da
eficácia do laser de baixa potência no tratamento da dor tendínea em ratos
imunossuprimidos''
Fernanda de Oliveira Busarello, Elisângela
Lourdes Artifon, Eduardo Alexandre Loth, Gladson Ricardo Flor Bertolini
(Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.4, p. 335-40, out/dez. 2011)
Referências Bibliográficas:
-''Análise da eficácia do laser de baixa potência
no tratamento da dor tendínea em ratos imunossuprimidos'' - Fernanda de
Oliveira Busarello, Elisângela Lourdes Artifon, Eduardo Alexandre Loth, Gladson
Ricardo Flor Bertolini (Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.4, p.
335-40, out/dez. 2011)
Gostei muito, ficou super bem explicado, da para entender perfeitamente o assunto em questão, no caso o uso do laser de baixa potencia para tendinopatias em organismos imunossuprimidos.
ResponderExcluirO post foi esclarecedor quanto aos principais efeitos fisiológicos promovidos pelo laser nos tecidos biológicos.
ResponderExcluirNo post, é dito que “[...] não se sabe ao certo se a imunossupressão pode interferir no tratamento fototerápico de tendiopatias”; no entanto gostaria de saber quais são as principais indagações dos pesquisadores a cerca da relação existente entre os efeitos fisiológicos promovidos pelo laser de baixa potência e a imunossupressão de um indivíduo.
Phillipe Marques, 4° período de Fisioterapia (PUC Minas).
Gostei da matéria. Foi relatado que a analgésia foi satisfatória, mas por quanto tempo?
ResponderExcluirKeila 4° período
Gostei muito do tema abordado, parabéns !
ResponderExcluirIzabela Azevedo- 4° Período
Assunto bastante interessante. Ótimo trabalho
ResponderExcluirEDUARDA BUENO DORNELLAS - 4º PERIODO
Quais são os processos que dificultariam e/ou impediriam o tratamento em tendinopatias com utilização de lazer?
ResponderExcluirO lazer é um recurso que auxilia em vários tipos de tratamento e quando usado da maneira correta, tomando-se todas as precauções, oferece excelentes resultados.
ResponderExcluirLuísa Farias
É bem legal saber outras indicações do laser, tendo em vista que muitas pessoas pensam que o laser é mais comum em procedimentos médicos como cirurgias .
ResponderExcluirGabriela Gonçalves ,4° Período, Fisioterapia
Muito interessante o tratamento de Tendinopatias utilizando Laser.
ResponderExcluirAna Carolina de Almeida/ 4° Período
Muito interessante o estudo e as referências bibliográficas apresentadas são valiosas para o desdobramento de questionamentos e conhecimentos agregados.
ResponderExcluirLuísa Nassif Silva/ 4° período -fisioterapia
Gostei muito, e foi importante terem disponibilizado o artigo para consulta. Gostaria de saber sobre efeitos em um músculo após fadiga muscular? e seria capaz de melhorar o desempenho dessa musculatura antes de uma intervenção eletroterápica? para ganho de força.
ResponderExcluirMichelle Araújo 4º fisio.