quarta-feira, 10 de abril de 2013

Qual o papel dos RTFs no tratamento das restrições do movimento?


Os RTF’s são importantes adjuntos para o ganho de amplitude de movimento (ADM), tanto passiva quanto ativa. De maneira geral, os agentes físicos controlam a reação inflamatória (evita formação/aumento de edema), modulam a dor (diminuem a sua intensidade), reduzem um edema já formado, minimizam a formação de aderências, aumentam a extensibilidade do colágeno, promovem e facilitam a contração muscular, relaxam o músculo e reduzem a espasticidade.
Esses efeitos estão relacionados ao recurso físico utilizado, bem como aos parâmetros e a técnica de aplicação. É de responsabilidade do fisioterapeuta avaliar o indivíduo, determinar suas disfunções e tomar a decisão quanto a necessidade ou não da inclusão de um agente físico na conduta. A utilização inadequada de qualquer RTF, mesmo uma simples compressa quente ou fria, pode comprometer a reabilitação ou mesmo lesionar o indivíduo.
Adequado conhecimento teórico (embasamento fisiológico, neurológico e físico), juntamente com as evidências científicas formam o alicerce para a seleção da melhor conduta terapêutica.

Como surgiu a corrente interferencial?



Por que os geradores de corrente elétrica incomodam tanto? Não há como produzir os efeitos fisiológicos da eletroterapia com mínimo ou nenhum desconforto? Foi pensando nisso que surgiu a corrente interferencial.
A corrente interferencial é uma corrente alternada de média frequência, com amplitude modulada a baixa frequência. Foi desenvolvida na década de 50, com o objetivo principal de contornar os problemas do desconforto causado pelas correntes de baixa frequência, ao mesmo tempo em que eram mantidos os efeitos terapêuticos da eletroterapia.
Essa corrente é também uma forma de estimulação nervosa elétrica transcutânea e é considerada como um meio de aplicação de uma corrente de baixa frequência, dentro da chamada faixa terapêutica. As correntes de média frequência estão associadas a uma resistência relativamente baixa da pele, sendo assim mais confortáveis que as correntes de baixa frequência; assim, utilizando uma média frequência, é possível um tratamento mais tolerável e de maior profundidade de penetração da corrente através da pele.
Atualmente essa corrente é muito usada como coadjuvante no tratamento da incontinência urinaria, sendo também indicada para controle da dor (efeitos imediatos e de curta duração) e estimular o retorno venoso por meio da ativação muscular.