quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Eletroterapia e Contração Muscular - Parte III

Aplicação da eletroterapia em contração muscular:

ELETROESTIMULAÇÃO PARA CONTRAÇÃO MUSCULAR DO ASSOALHO PELVICO

A eletroterapia pode auxiliar no tratamento da incontinência urinária por esforço, através da contração muscular do assoalho pélvico em mulheres com esse tipo de problema. A incontinência urinaria consiste na perda incontrolável de urina, considerando o principal distúrbio do assoalho pélvico. Os exercícios perineais é o recurso fisioterapêutico que atua no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico por meio de movimentos voluntários e repetidos, com variações diárias de 30 a 200 contrações. A eletro estimulação reeduca o assoalho pélvico por condicionar um aumento do comprimento funcional e da transmissão de pressões, tendo como vantagem proporcionar o comando contrátio e ganho de força muscular.

Segundo o artigo Eletro estimulação transvaginal do assoalho pélvico no tratamento da incontinência urinaria de esforço: avaliações clínicas e ultra-sonografica de (Herrmann* V. et al. Rev Assoc Med Bras 2003; 49(4):401-5), trabalho realizado na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, SP. Foram utilizados para o estudo 22 mulheres com idade entre 22-74 anos, estas foram diagnosticadas através de um estudo urodinamico e submetidas à Eletroestimulação transvaginal do assoalho pélvico. Durante a intervenção foi utilizado o aparelho da marca QUARK – Dualpex 96l, com dois canais independentes, emissor de pulsos bipolares com compensação simétrica, introduzido até próximo à espinhaciática, com os seguintes parâmetros:

- Corrente bifásica,
- Freqüência: fixa em 50Hz,
- Largura de pulso de 700s
- Intensidade de corrente que variou entre 12 a 53mA, conforme a tolerabilidade de cada mulher.

As mulheres foram submetidas a duas sessões semanais, cada uma com duração de 20 minutos, durante dois meses consecutivos. Dezoito mulheres afirmaram satisfação com eletro estimulação, e relataram redução significativa do número de perdas urinárias. A eletro estimulação reeduca o assoalho pélvico por condicionar um aumento do comprimento funcional e da transmissão de pressões, tendo como vantagem proporcionar o comando contrátil e ganho de força muscular. Portanto a essa alternativa terapêutica pode ser considerada efetiva.













7 comentários:

  1. Legal
    Sabe- se que a corrente mais indicada para a contração dos músculos do assoalho pelvico é a interferencial. Porém, qualquer aparelho que promova a contração muscular (como o FES, por exemplo), gerará o mesmo efeito?

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  2. Gostaria de saber o que é esse "comando contrário" proporcionado pela eletro estimulação.

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  3. Visto que a eletroestimulação “reeduca o assoalho pélvico por condicionar um aumento do comprimento funcional e da transmissão de pressões” e os exercícios perineais atuam no “fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico”, gostaria de saber qual caminho de tratamento é mais eficaz no tratamento da incontinência urinária.
    Phillipe Marques, 4° período de Fisioterapia (PUC Minas).

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  4. Gostei da matéria. Mas o fisioterapeuta poderia optar pela corrente interferencial? .
    Keila 4° período

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  5. Izabela Santos Azevedo3 de novembro de 2013 às 14:32

    Gostei muito na abordagem do tema de eletroterapia, mostrando como a eletroterapia pode estar atuando para ajudar na incontinência urinaria para fortalecimento do assoalho pélvico.
    Izabela Azevedo - 4° Período

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  6. Excelente! gostei da escolha do artigo e gostaria de saber se a eletroterapia e bem empregada como forma de prevenção da incontinência urinária, uma vez que não é comum por exemplo em academias, os educadores físicos indicarem exercícios para a região pélvica.

    Michelle Araújo 4º fisio.

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  7. já foi explicado e comprovado que eletroterapia estimula o assoalho pélvico, atuando no sistema tanto simpático quando parassimpático, mas há também o procedimento farmacológico com uso de anti muscarínicos que também agem no sistema parassimpático´deprimindo-o, ocasionando assim o bloqueio de hiperatividade vesical, causando a redução na contração da bexiga e também na sensação de enchimento, o indivíduo passa mais tempo sem ter a vontade de urinar. Esta é mais uma razão de se realizar um procedimento multiprofissional, abrangendo outras áreas afins, relacionadas á patologia de cada paciente, pois esta ação facilita a melhora e cura mais rápida.
    Miriam de Sousa Soares Callegário, 4º período , fisioterapia

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