segunda-feira, 20 de maio de 2013

ULTRASSOM TERAPÊUTICO


O ultrassom é um recurso amplamente empregado nas afecções do sistema musculoesquelético, visando principalmente ao controle dos sinais e dos sintomas inflamatórios, o estímulo à fibroplasia e à osteogênese e à modulação da dor. Os benefícios induzidos por esse recurso são decorrentes de suas ações térmicas e não térmicas nos tecidos. Tradicionalmente, esses efeitos são considerados separadamente, embora ambos possam ocorrer em todas as aplicações do ultrassom.
Os efeitos térmicos do ultrassom, incluindo aceleração do metabolismo, alteração da velocidade de condução nervosa, aumento do fluxo sanguíneo e da extensibilidade de tecidos moles, redução ou controle da dor e do espasmo muscular, são os mesmos obtidos com outras modalidades de aquecimento; porém as estruturas-alvo do aquecimento (tecidos ricos em proteínas, principalmente colágeno) são diferentes. Os efeitos atérmicos resultam de eventos mecânicos (cavitação, correntes acústicas e microfluxo) produzidos pela passagem da onda sonora nos tecidos e estão relacionados: 1) ao aumento da permeabilidade da pele e da membrana celular; 2) ao aumento dos níveis de cálcio intracelula; 3) ao aumento da síntese protéica e da atividade de fibroblastos e condrócitos e 4) ao aumento da degranulação de mastócitos e da atividade dos macrófagos.
Os benefícios supracitados são, entretanto, dependentes dos parâmetros utilizados para aplicação do ultrassom, principalmente da densidade de potência. Variáveis como o tamanho da área a ser tratada, diferenças teciduais, duração da aplicação e o objetivo da conduta terapêutica também devem ser considerados.

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