Dentre os vários profissionais envolvidos nessa área, o fisioterapeuta apresenta um importante papel, pois este profissional é capacitado para dar assistência ao homem, participando da promoção, tratamento e recuperação da sua saúde. Por lidar diretamente com o movimento humano, analisando-o cinética e funcionalmente, o fisioterapeuta pode auxiliar tanto na seleção e na confecção de recursos como também na elaboração de estratégias e métodos para otimizar o desempenho funcional do usuário.
Compete ao fisioterapeuta o uso da Tecnologia Assistiva nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs) com os objetivos de:
a) promover adaptações de jogos eletrônicos, realidade virtual para recriar o universo real do cliente;
b) criar equipamentos, adaptações de acesso ao computador e softwares;
c) empregar órteses, próteses e mecanismos de adaptação nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs);
d) promover adequações posturais para o desempenho das AVDs e AIVDs;
e) melhorar a capacidade funcional do cliente;
f) adequar unidades computadorizadas de controle ambiental;
g) promover adaptações estruturais em ambientes domésticos, laborais, em espaços públicos e de lazer;
h) promover ajuste, acomodação e adequação do indivíduo a uma nova condição e melhoria na qualidade de vida do cliente.
TECNOLOGIA ASSISTIVA x RECURSOS TERAPÊUTICOS FÍSICOS
O conceito de tecnologia assistiva é
muito amplo e, por vezes, pode gerar confusões em relação aos recursos tecnológicos
utilizados pelos fisioterapeutas em procedimentos de avaliação e intervenção
terapêutica. Lourenço et al (2015) consideram que os recursos de tecnologia
assistiva são aqueles utilizados pela pessoa com deficiência ou mobilidade
reduzida em todos os ambientes sociais para proporcionar autonomia e
participação social e não apenas durante a sessão de reabilitação ou avaliação
do indivíduo.
Diante disso, os recursos terapêuticos físicos, por atuarem principalmente na estrutura e função teciduais, controlando sinais e sintomas inflamatórios, auxiliando o processo de cicatrização, neuromodulando a dor e disfunções de órgãos e sistemas (por exemplo, a bexiga hiperativa) e promovendo contrações musculares (em músculos com ou sem comprometimento da inervação periférica), NÃO podem ser considerados como recursos de tecnologia assistiva. Esses dispositivos são utilizados pelos fisioterapeutas para auxiliar a recuperação da estrutura e função debilitada e, portanto, são suas ferramentas de trabalho e não de uso pelo indivíduo. No
quadro abaixo estão alguns exemplos:
TECNOLOGIA ASSISTIVA
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EXEMPLOS
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RECURSOS TERAPEUTICOS FÍSICOS
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EXEMPLOS
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Auxílios Manuais
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Colher Adaptada
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Corrente elétrica de baixa e média frequência
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Corrente Russa
Corrente Aussie
Correntes Diadinâmicas
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Softwares
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Equipamentos de tradução por
voz
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Ondas eletromagnéticas (espectro não luminoso)
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Aparelhos de ondas curtas e
microondas
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Controle de Ambientes
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Controle remoto de aparelho
eletrodomésticos
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Ondas mecânicas
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Ultrassom terapêuticos
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Projetos Arquitetônicos
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Rampas, elevadores e barras
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Energia térmica
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Compressa Quente
Compressa de gelo
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Adequação Postural
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Almofadas e contentores
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Ondas eletromagnéticas (espectro luminoso)
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Dispositivos luminosos do tipo
laser de baixa intensidade e diodos emissores de luz
|
Apesar das diferenças relatadas, ambos recursos terapêuticos físicos e recursos de tecnologia assistiva, são importantes ferramentas que o fisioterapeuta possui para auxiliar a recuperação do indivíduo nos contextos clínico e social, otimizando sua funcionalidade, atividade e participação. Compete ao fisioterapeuta saber o melhor momento para uso de cada um desses recursos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PELOSI, B. M; ET AL . In
service training for health professionals in assistive technology. Revista Brasileira de Crescimento e
Desenvolvimento Humano. São Paulo, v.19, n.3, dez., 2009.
ROCHA, E. F; CASTIGLIONI, M. C. Reflexões
sobre recursos tecnológicos: ajudas técnicas, tecnologia assistiva, tecnologia
de assistência e tecnologia de apoio. Rev. Terapia Ocupacional. Universidade.
São Paulo, v.16, n.3, p.97-104, set/dez., 2005.
SARTORETTO, L. M ;BERSCH,R. O que é tecnologia
assistiva. Disponível em: <http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html>. Acesso
em: 8 de março. 2017
LOURENCO,F.G;GONÇALVES,G,A;ELIAS,C,N.
Differentiated Instructional Strategies and Assistive Technology in Brazil:Are
we talking about the same subject?. Departament of occupational therapy. Fedral
University of São Carlos.Brazil, v.3, n.11, p.891-896, 2015.
Eu adoro esse blog! Parabéns alunos!
ResponderExcluirExcelente trabalho, excelente temática! Um assunto inovador para a Fisioterapia e que poucos ainda conhecem! Parabéns aos alunos!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirFicou ótimo a explicação.
ResponderExcluirBem detalhada , até quem não é da área, consegue ter um bom entendimento sobre o assunto. Obrigada pela oportunidade de poder conhecer um pouco mais a respeito do tema. Parabéns.
Muito boa a explicação, nunca tinha lido sobre o tema e mesmo não sendo da área consegui compreender as informações. Parabéns pelo trabalho , muito bem executado .
ResponderExcluirnossa, muito boa essa explicação! adorei.. parabéns!
ResponderExcluirÓtimo trabalho, muito bem explicado e de fácil entendimento. Parabéns !
ResponderExcluirGostei do assunto! E como é importante os RTFs e Recursos de terapia assistiva melhora a vida social do paciente. Além de outros recursos da área que atuam. Parabéns pelo trabalho alunos.����
ResponderExcluirAdorei muito aprendi bastante.
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