O ultrassom é definido como vibrações sonoras inaudíveis de alta
frequência, que podem produzir efeitos térmicos ou não térmicos.
O ultrassom é usado com frequência na Fisioterapia. Com os ajustes
apropriados dos parâmetros, ele pode ser aplicado pra aquecer tecidos mais
profundos, incluindo músculos, tendões, ligamentos, cápsulas de articulações e
tecido cicatricial bem como para produzir efeitos mecânicos, principalmente em
processos inflamatórios, sem a necessidade de produzir efeitos térmicos. A
energia do ultrassom penetra através da pele e da gordura subcutânea.
O uso do ultrassom como agente terapêutico pode ser extremamente efetivo
se o fisioterapeuta tiver uma boa compreensão dos seus efeitos sobre o tecido
biológico e dos mecanismos físicos pelos quais esses efeitos são produzidos.
APLICAÇÃO DO U.S.
Antes da aplicação do ultrassom o terapeuta deve determinar os parâmetros
adequados para que o tratamento promova o objetivo esperado e posicionar o
paciente de maneira adequada e confortável, realizar uma adequada assepsia da
região na qual será colocado o cabeçote do ultrassom.
Formas de aplicação do ultrassom:
Aplicação diretamente sobre a pele:
A energia acústica não viaja pelo ar, sendo refletida pela pele. Por essa
razão, ela precisa ter um meio de ligação sobre a pele. Para esse contato usam-se
materiais que conduzem melhor a onda mecânica, como gel hidrossolúvel. No caso
do uso para fonoforese, pode ser utilizada uma solução aquosa com um princípio
ativo, sob receita médica.
Aplicação debaixo d’água: O
ultrassom submerso em água desgaseificada é sugerido para partes do corpo no
qual são irregulares, como punho, mão, cotovelo, joelho e pé. A parte do corpo
em que será aplicado o ultrassom fica completamente submersa na agua, depois a região
aplicadora também é colocada debaixo d’agua à distancia de 2,5cm da parte do corpo
a ser tratada. A água, como meio, fornece uma ligação sem contato com o ar e
permite que as ondas sonoras viagem a velocidades constantes. Essa aplicação
deve ser feita em recipiente plástico ou de borracha (não metálico) para evitar
reflexão da energia nas paredes de metal.
IMPORTANTE: Para submergir o cabeçote do
ultrassom, ele deve ser específico para essa função. Equipamentos não
específicos podem ser danificados ao coloca-los debaixo d’água.
Movimentação do transdutor:
Movimentar o transdutor durante o tratamento de forma lenta e constante
leva a uma distribuição mais regular da onda mecânica dentro da área tratada e
pode reduzir a probabilidade de desenvolvimento de ondas estacionárias
(reflexão das ondas que alteram a dose do ultrassom nos tecidos).
Dosagem e tempo de tratamento:
A dosagem varia de acordo com a profundidade, tamanho da área de
tratamento e o estado da lesão, além do modo, que pode ser contínuo ou pulsado,
e da potência usada no tratamento..
As frequências mais usadas na fisioterapia são de 1 MHz (estruturas
profundas) e 3 MHz (estruturas superficiais).
Após a aplicação deve-se reavaliar e observar a ocorrência de alterações
nas condições do paciente e da área tratada. Documentar o protocolo usado e se
há a necessidade de uma reaplicação.
Indicações
•Encurtamento de
tecidos moles;
• Controle dos
sinais e sintomas inflamatórios agudos (quando usado sem efeito térmico);
•Regeneração
tecidual;
•Controle da
dor;
•Fonoforese
(incrementa a penetração de agentes farmacológicos através da pele).
Contra indicações
•Tumor maligno;
•Região do útero
e coluna lombar de gestantes;
•Tecido do
sistema nervoso central;
•Áreas com
implantes metálicos;
•Áreas com
problemas circulatórios;
•Área cardíaca
ou região de marca-passo;
•Sobre órgãos
reprodutores;
•Tromboflebite;
•Olhos.
Precauções
Placas de
epífise (caso não tenha ocorrido o fechamento da epífise, o recurso pode
acelerar esse processo, reduzindo o crescimento do membro).
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe seu cometário aqui.