Como intervenções de crioterapia e diatermia
agem sobre a flexibilidade dos músculos isquiotibiais:
Neste post falaremos sobre o trabalho desenvolvido por Andrade Filho et. al. ano 2016, que avaliaram a influência do aquecimento e do resfriamento tecidual sobre a flexibilidade muscular. A referencia do artigo completo encontra-se ao final do post.
A flexibilidade é habilidade de um músculo alongar-se,
permitindo que uma ou mais articulações se movam através da sua amplitude de
movimento. Segundo Knight (2000) essa técnica é “Todo e qualquer uso de gelo ou aplicações frias para fins
terapêuticos.”; contudo Brisotti (2006) diz que o frio é recurso
analgesico, que diminui a velocidade condução nervosa, reduz edemas,
hiperemias e no músculo reduz espasmos
musculares e o aquecimento ou diatermia ocasiona vasodilatação, aumento do
metabolismo, alívio de dor, relaxamento
muscular.
Artigo
Metodologia do estudo
Neste artigo foram selecionados 40 indivíduos sendo:
-12 homens e 28 mulheres;
-Todos graduandos;
-Saudáveis;
-Sem nenhuma patologia
musculoesquelética em membros inferiores ;
-Sem uso de medicação.
Todos os
indivíduos assinaram o termo de consentimento para essa pesquisa.
Primeiramente avaliaram o ângulo extensor inferior do joelho
dominante de cada indivíduo em decúbito dorsal com o quadril a 90º, em cima de
uma prancha ajustável como na figura 1.
Cada medida foi repetida 3 vezes consecutivas, logo após os
40 foram divididos em grupos, sendo que cada um seria dividido para cada tipo
de intervenção:
1. Grupo 1: controle;
2. Grupo 2: alongamento dos músculos
isquiotibiais
3. Grupo 3: alongamento dos músculos
isquiotibiais associado ao gelo por 25 minutos;
4. Grupo 4: alongamento dos músculos
isquiotibiais associado ao aquecimento - ondas curtas por 25 minutos.
⚠Não houve qualquer
exercício de aquecimento, resfriamento ou manobra de alongamento antes das
avaliações a fim de minimizar os efeitos da temperatura tecidual. Os indivíduos foram orientados a não
realizarem exercício físico além das propostas pelos estudiosos.
Resultados:
Avaliando os efeitos agudos, os estudos mostraram que nos 3 grupos (2,3,4) tratados
houve aumento significativo da ADM, comparando com os efeitos anteriores.
Levando a compreender que o alongamento produz maior ganho de flexibilidade dos
músculos isquiotibiais. E houve diferenciações significativas entre cada grupo
sobre o ganho de ADM no grupo 3 (alongamento associado à crioterapia) quando
comparado com o grupo 2(alongamento do músculo isquiotibial) e 4 (alongamento
associado ao ondas curtas), sendo que, estes grupos não atingiram o nível de
grande significância.
Já o grupo controle mostrou ao final do tratamento aumento da
ADM do joelho comparado os 3 grupos (2,3,4) experimentais como grupo controle,
se afirmando os efeitos das manobras para o aumento da flexibilidade. Levando a
crer que independente das aplicações ocorreria o aumento da flexibilidade do
músculo.
Conclusão:
Os pesquisadores acreditavam que com a aplicação da
crioterapia e diatermia na região dos músculos isquiotibiais teria maior ganho
de flexibilidade independente se fosse no efeito agudo ou crônico e que no
grupo controle não teria um ganho.
Mas como tudo pode ser controverso os pesquisadores
analisaram que as sessões de alongamento diário foram mais efetivas e que o
efeito agudo foi maior que o grupo crônico
submetido ao resfriamento, mediante comparação com os grupos de
alongamento e aquecimento. E os efeitos crônicos não foram influenciados pelo
aquecimento ou pelo resfriamento.
A seguir, um caça-palavras para você se divertir sobre o tema:
Referências:
ANDRADE FILHO, Jósé Herivelton, et al.; A INFLUÊNCIA DA TERMOTERAPIA NO GANHO DE FLEXIBILIDADE DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS; Rev Bras Med Esporte, vol.22, n.3, pp.227-230. 2016.
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