Sim
é possível! Existe uma técnica de Estimulação Transcraniana que utiliza energia
elétrica ou magnética para ajudar no tratamento da depressão através da
Neuromodulação.
Quando alguém está com depressão, a
região pré-frontal torna-se hipoativa. Com a Neuromodulação esta área sofre um
estímulo excitatório, fazendo com que aumente a atividade cerebral dessa
região. Este efeito acontece pelo fato da técnica mudar a atividade cerebral, facilitando
a passagem de um impulso nervoso de um neurônio para o outro.
Como citado acima, existem dois
tipos de energia que são utilizadas nas técnicas de neuromodulação, são elas:
1- Neuromodulação por estimulação
elétrica: Nesta modalidade é usada uma corrente de baixa amplitude (mA) sobre o
couro cabeludo (que é molhado por uma solução salina como meio de condução da
corrente elétrica). Esta corrente é do tipo direta, com amplitude no limiar
subsensitivo. A aplicação é feita utilizando dois eletrodos, um cátodo e um
ânodo, que são posicionados em diferentes áreas cerebrais, dependendo de qual
será estimulada.
2- Neuromodulação por estimulação
magnética: Esta modalidade envolve a aplicação de um campo magnético variável
de tempo rápido. Nela utiliza-se bobinas eletromagnéticas acima do couro
cabeludo com uma touca que serve para mapear as áreas cerebrais que receberão o
tratamento.
Estudos comprovam que a técnica é
eficaz quando acompanhada de medicamentos. Entretanto, um estudo realizado pela
USP mostrou resultados positivos da neuromodulação mesmo quando esta foi usada como
único método de tratamento, tendo os mesmos efeitos que os antidepressivos. Entretanto,
diferente da maioria dos tratamentos farmacológicos para a depressão, que
normalmente envolvem a utilização conjunta de vários medicamentos e podem ter
inúmeros efeitos colaterais, a neuromodulação elétrica ou eletromagnética não
gera efeitos colaterais quando adequadamente administrada.
É importante que os profissionais e
acadêmicos de fisioterapia, encarem tudo isso como uma realidade inerente ao
avanço da profissão, já que o fisioterapeuta é capacitado, competente e
respaldado para exercer da técnica como mais uma forma de contribuir para a
qualidade de vida da sociedade como um todo.
Referências:
- BRUNONI, A.R. et al. Trial of Electrical Direct-Current Therapy versus Escitalopram for Depression. The New England jornal of medicine, Massachusetts, jun. 2017.
- JODIE, Naim-Feil.et al. Neuromodulation of Attentional Control in Major Depression: A Pilot DeepTMS Study. Neural Plasticity, Cairo, 2016.
- MOREINES, Jared L.; MCCLINTOCK, Shawn M.; HOLTZHEIMER, Paul E. Neuropsychological Effects of Neuromodulation Techniques for Treatment-Resistant Depression: A Review. Brain Stimulation, 2012.
- SHIOZAWA, Pedro. et al. Transcranial direct current stimulation for major depression: an updated systematic review and meta-analysis. International Journal of neuropsychopharmacology, v.17, p. 1443-1452, 2014.
- BRUNONI, André Russowsky. et al. Neuromodulation approaches for the treatment of major depression. ArqNeuropsiquiatr, São Paulo, v.68, n.3, p. 433-451, 2010.
- http://www.estimulacaoneurologica.com.br/. Acesso em: 25 abr. 2018.
Que interessante!
ResponderExcluirFico feliz por ter gostado 😊
ExcluirMuito bem formulado , parabéns!
ResponderExcluirExtremamente importante os profissionais da fisioterapia aprofundarem os estudos acerca desse método. O vejo com esperança para nossa sociedade.Já que a depressão é uma realidade que tem aumentado e e afetado cada dia mais as pessoas, muitas vezes levando à morte. Quase todos nós conhecemos alguém, ja ouvimos falar ou temos na própria família uma pessoa que enfrenta tal problema.
ResponderExcluirCom certeza!
ExcluirNós do grupo também ficamos felizes com a existência dessa técnica. Infelizmente poucos fisioterapeutas a conhece, e é necessário que mais destes profissionais se buscam informações sobre esta técnica, tanto para a atuação quanto para a pesquisa
Muito interessante, caso a neuronodulação consiga substituir os medicamentos em momentos do tratamento seria incrível, uma vez que esses remédios tem muito efeito colateral como dependência e sono. Parabéns pela publicação.
ResponderExcluirA medicação também é muito importante, acredito que com uma terapia em conjunto entre a neuromodulação e a farmacoterapia, a quantidade de medicamentos seja diminuída, assim, ocorrendo menores efeitos colaterais.
ExcluirObrigado pelo elogio 😃
Essa eu não sabia. Rs. Acredito que ainda se tem outros inúmeros benefícios proporcionados pela fisioterapia que ainda estejam em estudos. Bom saber disso . Sem mais. Gostei das informações Tooop.
ResponderExcluirCom certeza! A fisioterapia começou "pequenina", e hoje já existem muitas evidências científicas sobre diversos benefícios de várias abordagens terapêuticas que são utilizadas. E com certeza ainda tem muito do que ser pesquisado e trabalhado.
ExcluirFisioterapia e tudo de bom rs.
Obrigado pelo elogio 😃
Muito interessante e construtivo para uma sociedade que sofre e muito de depressão.
ResponderExcluirObrigado 😃
ExcluirNossa, que interesaante, não imaginava que a fisioterapia pode ajudar na depressão! Muito bom ponto a ser abordado!
ResponderExcluirLegal né?!
ExcluirAntes de realizar este trabalho, nos do grupo também não fazíamos idéia de que isso era possível rs.
Obrigado 😃
Até então desconhecia o uso da fisioterapia no tratamento de depressão. A neuromodulação nas duas formas apresentadas sugerem sim grande avanço na melhora do quadro do paciente. Melhor ainda sem efeitos colaterais, como geram vários e vários medicamentos a disposição da medicina. Muitos pacientes acabam ficando dependentes destes e não procuram outras modalidades. Muito interessante essa técnica, pois demonstra ser possível o estímulo cerebral para ampliar a capacidade do paciente na luta contra a depressão! Deus abençoe que seja colocado a disposição da população! Parabéns pelos estudos!
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