Diante
disso, as telas de metal, ou seja, a Gaiola de Faraday tem por finalidade
isolar o campo eletromagnético de um local específico. Assim, se o campo for
produzido dentro da Gaiola, o objetivo é fazer com que este não abranja o local
para além desta. Agora, se o campo for produzido do lado de fora da Gaiola,
esta tem por finalidade, impedir que o campo vá para dentro dela, protegendo-a.
Considerando
a finalidade da Gaiola de Faraday já supracitada, era de se esperar que esta
estivesse em Clinicas de Fisioterapia, com o intuito de preservar a saúde dos
fisioterapeutas e dos seus pacientes, já que alguns tratamentos utilizados são
realizados com equipamentos de radiação eletromagnética. Mas, será que os
profissionais da Fisioterapia sabem o que é a Gaiola da Faraday? Para quê esta
serve? Eles usam? E, existe êxito na utilização desta?
Com
o intuito de verificar a utilização do equipamento, fizemos estas mesmas
perguntas para alguns profissionais da Fisioterapia e obtivemos diferentes
respostas. Conseguimos nos comunicar com quatro fisioterapeutas da cidade de
Belo Horizonte- MG, sendo que dois destes não sabiam o que era a Gaiola. Um destes
fisioterapeutas definiu a Gaiola como sendo um “metal que protege o paciente e
o profissional” quando este é submetido a tratamentos que utilizam o
equipamento Ondas Curtas, que é um recurso de diatermia. E, por fim, o ultimo
fisioterapeuta nos disse que tinha conhecimento sobre a Gaiola de Faraday, mas
não acreditava na sua eficácia.
Após
estas pequenas entrevistas, procuramos na Literatura sobre a eficácia da Gaiola
de Faraday, e encontramos o artigo “Exposição ocupacional de fisioterapeutas
aos campos elétrico e magnético e a eficácia das gaiolas de Faraday”, que é um
estudo realizado pelo físico e doutor Emico Okuno, especialista em física médica;
pelo Sérgio Colacioppo, graduado em farmácia e bioquímica e doutor em saúde
publica; e pela professora Iracimara de Anchieta Messias, fisioterapeuta e
doutora em saúde publica e pós-doutora pelo instituto de física da Universidade
de São Paulo.
Neste
artigo, foi exposta uma pesquisa sobre a eficácia da gaiola de Faraday em
clinicas de Fisioterapia da cidade de Presidente Prudente-SP. Assim, os
estudiosos analisaram os aparelhos de Ondas Curtas e a reprodução de energia
eletromagnética durante alguns tratamentos, com o objetivo de medir a exposição
dos fisioterapeutas aos campos eletromagnéticos e compará-los com os níveis de
exposição recomendados pelo ICNIRP (International Commission on Non-Ionizing
Radiation Protection).
Com
esta comparação, foi possível perceber que as intensidades dos campos
eletromagnéticos eram acima do nível recomendado pela ICNIRP. Os autores
concluíram que existe o risco de exposição do profissional ao tipo de radiação
proveniente do Ondas Curtas durante o tratamento e que a gaiola de Faraday para
a proteção não é eficaz contradizendo um dos fisioterapeutas que entrevistamos.
Diante
do estudo exposto, das entrevistas realizadas e da
definição da gaiola de Faraday, podemos observar uma contradição sobre a
eficácia do equipamento. Mas, com as pesquisas realizadas, concluímos que a
gaiola de Faraday tem eficácia sim, quando utilizada corretamente, ou seja, a
posição desta tem que ir de acordo com a área na qual esta tem o intuito de
isolar, proteger. Assim, concluímos que os fisioterapeutas têm que utilizar,
CORRETAMENTE, este equipamento nas clinicas, protegendo não somente o paciente,
como também as outras pessoas que podem estar no ambiente e protegendo a si
mesmo.
Referências Bibliográficas:
Gaiola de Faraday.
Disponível em: http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Gaiola%20de%20Faraday.htm#Mais_sobre_Gaiolas_de_Faraday . Acesso em 18 de outubro de 2016
MESSIAS, Iracimara de Anchieta Messias;
OKUNO, Emico e COLACIOPPO, Sérgio. Exposição
ocupacional de fisioterapeutas aos campos elétrico e magnético e a eficácia das
gaiolas de Faraday. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v30n4/v30n4a04.pdf Acesso em 18 de outubro de 2016.
Leiga na área, desconhecia essa Gaiola de Faraday. Mas ao ler o artigo, vi a importância da mesma para preservar a saúde dos profissionais Fisioterapeutas e seus pacientes, assim como demais pessoas que estiverem no local onde acontece o tratamento por radiação.
ResponderExcluirParabéns às alunas(os) que fizeram o artigo e à Professora Dra. Angélica pelo incentivo e dedicação.
Brilhante! Irei aprofundar mais os estudos e tentar aplicar em minha clínica!
ResponderExcluirAdorei meninas, parabéns a orientadora!
ResponderExcluirÉ muito importante para os profissionais da área terem o conhecimento cientifico dos aparelhos que estão utilizando, parabéns a professora por passar esta pesquisa com os profissionais da área aos alunos!
ResponderExcluirExcelente post..muito informativo e ajudou em um trabalho que eu estava fazendo..obrigada!
ResponderExcluirMuito interessante o tema, não tinha conhecimentos sobre o assunto. Parabéns ao grupo, ótimo texto!
ResponderExcluirAdorei o Post. Parabéns aos acadêmicos.
ResponderExcluirÓtima colocação sobre a Gaiola de Faraday. Eu não sabia o que era e muito menos pra que servia. Parabéns ao blog por abordar este ótimo tema e com ótima explicação!
ResponderExcluirParabéns Pessoal, super interessante.
ResponderExcluirTrabalho na área e não sabia dessa possibilidade de proteção. Adorei!
ResponderExcluirA pesquisa demonstra a necessidade do profissional buscar mais conhecimento em sua área e estudar os instrumentos disponíveis para usa-los da melhor maneira. Parabéns pelo trabalho, a partir dele muitos fisioterapeutas podem conhecer as vantagens da Gaiola de Faraday.
ResponderExcluirParabéns Galerinha!
ResponderExcluirÓtimo trabalho!
ResponderExcluirsuper informativo.
ResponderExcluirSou fisioterapeuta a 3 anos em uma clínica aqui do Rio Grande do Sul. Vi o poste divulgado na FISIOBRASIL e achei super interessante. Uma matéria educativa com grande aprofundamento teórico. Parabenizo a todos !
ResponderExcluirÓtimo artigo! Super interessante e muito bem explicado, até mesmo para quem não é da área (assim como eu). É uma pena saber que alguns fisioterapeutas desconhecem tal recurso, mas é ao mesmo tempo reconfortante saber que profissionais como a professora Dra. Angélica Araújo passam isso aos seus alunos, formando assim futuros fisioterapeutas com o conhecimento sobre esse assunto de tamanha importância para a saúde de seus pacientes (e deles próprios inclusive). Parabéns aos alunos que fizeram e à professora orientadora!
ResponderExcluir