terça-feira, 22 de outubro de 2013

Banho de Contrastre

O que é banho de contraste?


Banho de contraste é uma técnica fisioterápica que promove alternância entre dilatação e constrição dos vasos sanguíneos por meio do uso intercalado de modalidades de calor e frio, respectivamente. É indicado para lesões articulares, em que há formação evidente do edema. Por realizar uma espécie de drenagem do edema, esta técnica é usada nas lesões das articulações distais do corpo, como tornozelo e punho. 






São usados dois recipientes dentro dos quais os locais atingidos devem caber por inteiro; em um deles coloca-se água quente, porém não insuportavelmente quente, e no outro, água gelada.

Como aplicar o banho de contraste?



A terapia deve começar mergulhando-se o local atingido em água quente, por um tempo de 3 ou 5 minutos (5 para casos mais graves). Em seguida e sem descanso, passa-se para a água gelada, por 1 ou 3 minutos (3 para casos graves ). Em cada sessão, essa técnica pode ser alternada 3 vezes, sendo que o tempo total da aplicação  da técnica do banho de contraste é de 20 a 30minutos (20 para área menor/ edemas menores e 30 para áreas maiores/ edemas maiores). A sessão pode ser encerrada com o aquecimento ou com resfriamento. Essa terapia pode ser realizada até 4 vezes ao dia.     




Se a técnica do banho de contraste for realizada associada a alguma outra técnica de redução de edema é recomendado finalizar a sequência da aplicação com o aquecimento, por facilitar o retorno ao padrão fisiológico. Mas se banho de contraste for a única técnica, ou a última técnica de um procedimento terapêutico a ser utilizada é indicado finalizar com o resfriamento que pode vir associado a uma técnica chamada de protocolo PRICE .
P =(proteção);
R = (repouso);
= (gelo/frio/recurso de resfriamento);
C = (compressão);
E= (elevação)


Essa técnica se soma muito bem as técnicas que usamos para redução de edema porque ela mantém o resfriamento, que precisa ser mantido por período de 15 a 30 minutos para gerar benefícios.
O frio é aplicado com intuito de manter a redução que se obteve através do banho de contraste favorecendo a vasoconstrição, redução da permeabilidade da membrana, diminuição de fluxo sanguíneo, permitindo que o metabolismo  permaneça baixo. Esses fatores irão auxiliar para que o controle da intensidade desse edema se mantenha.
A proteção está relacionada ao posicionamento da região que receberá a aplicação do protocolo. A área lesionada deve ser protegida, sendo posicionada de forma a não colocar a estrutura lesionada em stress.

O paciente deve ficar em repouso no momento da aplicação do recurso e receber orientações domiciliares para evitar descarga de peso, uso contínuo principalmente no dia em que foi aplicado o protocolo, evitando atividades ou cargas desnecessárias na estrutura que está em processo de recuperação por ainda apresentar o edema. Comportando-se assim de maneira a auxiliar na manutenção da redução desse edema.
 A compressão e elevação são técnicas adicionais para auxiliar na contenção do edema e na manutenção da redução do edema. A elevação utiliza da gravidade e a compressão utiliza de uma pressão externa para não deixar o volume da região aumentar.
Ao fim do protocolo PRICE pode ser realizado um enfaixamento visando a uma suave compressão local, mantendo a redução que foi adquirida com a  sessão de aplicação do banho de contraste. 





GENTES TÉRMICOS E SUAS PRECAUÇÕES



Ondas Curtas e Osteoartrose

O Ondas Curtas é um recurso terapêutico que fornece radiação eletromagnética de alta frequência, contínua ou pulsada.
Quando usado no modo contínuo, gera efeitos térmicos que levam a alterações fisiológicas como o aumento do metabolismo, vasodilatação local e consequente aumento da circulação, além do aumento da velocidade de condução nervosa e do limiar de dor. A vibração em alta frequência é capaz de promover o aquecimento em estruturas e tecidos profundos, principalmente músculos e grandes articulações, o que pode favorecer o aumento do fluxo sanguíneo local, diminuir sinais e sintomas inflamatórios, diminuir a rigidez articular e aliviar as dores e o espasmo muscular, otimizando assim, a cicatrização tecidual, o ganho de amplitude de movimento e flexibilidade, dependendo do grau de aquecimento dessas estruturas.

O Ondas Curtas, quando usado no modo pulsado, gera efeitos atérmicos, mais relacionados a efeitos fisiológicos ligados ao potencial de membrana celular. É geralmente utilizado no tratamento de lesões músculo esqueléticas e em feridas do tecido mole.

Estudos vêm sendo desenvolvidos sobre os efeitos desse recurso terapêutico no tratamento da osteoartrose. A osteoartrose é caracterizada como uma doença crônico degenerativa da cartilagem articular, que apresenta, inicialmente, sintomas que se manifestam de forma lenta e discreta. Os principais sintomas da osteoartrose são: dor articular e rigidez articular pós-repouso ou pela manhã. Outros sintomas clínicos da osteoartrose são: inchaço, calor local e, muitas vezes, ruídos na articulação que aparecem durante o movimento.
Durante o tratamento, os efeitos gerados pelo Ondas Curtas é capaz de promover  analgesia e uma diminuição da rigidez articular, sendo que nesse caso, o Ondas Curtas contínuo apresentou resultados mais eficazes, melhorando a flexibilidade muscular.
Devido ao calor fornecido pelo Ondas Curtas, ocorre uma excitabilidade dos receptores sensoriais da pele. Esse larestímulo irá agir nos mecanorreceptores e no mecanismo das comportas, favorecendo um efeito analgésico. O aquecimento pode causar também, alterações nas propriedades dos tecidos, e o aumento da temperatura em uma articulação pode mudar a viscosidade do liquido sinovial e diminuir a resistência tênsil do colágeno, reduzindo a rigidez articular. No entanto, Oosterveld e Rasker (1994) afirmaram que temperaturas superiores a 30°C ativam as enzimas que degradam a cartilagem em articulações inflamadas, promovendo maior destruição da mesma.
Pesquisas indicam que ainda faltam estudos conclusivos nessa área. Nesse aspecto, segue o link para reportagem sobre o projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais pela Professora e Doutora Angélica Araújo, que aborda o tema em questão. 

http://globotv.globo.com/rede-globo/mgtv-2a-edicao/t/edicoes/v/pesquisa-desenvolvida-pela-puc-busca-voluntarios-com-artrose/2848294/







1.        Pode promover um efeito térmico de aquecimento em estruturas mais ________________.

2.        A ________________ e o aumento do ________________, são duas mudanças fisiológicas promovidas pelo recurso.

3.        O ondas curtas pode também promover um efeito ________________.

4.        A osteartrose, é uma doença ________________, relacionada com a lesão ________________ da cartilagem articular.
5.        Para se fazer o uso do ondas curtas, é necessario que o paciente não tenha nenhum tipo de contato com objetos metálicos durante o tratamento devido a característica de condução do metal. Com isso, uma de suas contra- indicações é o ________________.
6.        Uma das sensações do paciente durante o tratamento com o ondas curtas é a de ________________.

7.        O principal sintoma da osteoartrose é a dor ________________.

8.  A escolha da dose para aplicação de ondas curtas tende a ser no sentido de uma dose mais ________________ para condições mais agudas e uma dose mais ________________ para condições crônicas.
9.   O uso de ondas curtas é indicado principalmente no tratamento de dores crônicas em qualquer parte do corpo, sendo que as que melhor respondem a este tratamento são as dores ________________ e ________________.
10.   Para favorecer um efeito analgesico, o estimulo gerado pelo ondas curtas, irá atuar nos _____________ e no mecanismo das ______________ .
11.   Ondas curtas pode gerar um efeito ____________ e _____________.



1- profundas
2- vasodilatação e metabolismo
3- analgésico
4- crônica, degenerativa
5- marcapasso
6- calor
7- articular
8- baixa, alta
9- musculares, articulares
10- mecanoeceptores; comportas

11- térmico e atérmico



Eletroterapia em cicatrização de feridas em animais.

A fisioterapia tem se mostrado uma ótima maneira de prevenir, tratar e reabilitar lesões não só em humanos, mas também em animais.

Entre os recursos físicos usados estão o calor, frio, água, luz (infra-vermelho, laser), corrente elétrica e exercícios terapêuticos (mobilização, fortalecimento muscular, alongamentos). A principal corrente utilizada nesses animais é o TENS que tem como objetivo a analgesia. No entanto, os resultados variam de acordo com o organismo de cada animal e o tipo de lesão, desde que, sejam aplicados de forma adequada por profissionais capacitados.

Outro recurso utilizado é o laser, muito importante para a cicatrização de feridas e modulação da dor. Também no animal, é capaz de promover o aumento da proliferação celular, acelerar os processos de cicatrização como a redução de edema e a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese), além de auxiliar na recuperação de lesões nervosas e estimular o sistema imune em feridas infectantes.

 É importante lembrar que, apesar de a aplicação de técnicas fisioterapêuticas em animais existir há muito tempo e demonstrar resultados relevantes, a profissão não é regularizada e nenhuma profissão capacita, por si só, à essa prática.