terça-feira, 22 de setembro de 2015

Todo LASER é uma luz, mas nem toda luz é um LASER!

Desde muito tempo, a luz vem sendo utilizada como um recurso terapêutico na história humana. Relatos na história, na Inglaterra, nos anos 50, citam que em uma enfermaria os bebês com coloração amarelada devido à icterícia após nascimento eram expostos ao sol (energia luminosa) e apresentavam diminuição da intensidade da cor amarelada na pele. Desde então a prática da fototerapia tem progredido neste sentido, visto que, novas técnicas têm sido empregadas e novos estudos realizados.
 Atualmente, o “método da luz” ainda é utilizado como forma de terapia na Fisioterapia, e, cada vez mais, vem se desenvolvendo tecnologias novas para aprimorar este campo. A luz LASER é uma destas tecnologias.
A palavra LASER é uma sigla de: Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation (ou Amplificação da Luz por meio da Estimulação da Emissão da Radiação). À primeira vista, parece difícil acreditar que o LASER seja uma luz como todas as outras, mas ele é uma luz! Entretanto, possui algumas propriedades muito particulares. Porém, é isto mesmo que ele é: uma fonte de luz. Mas nem toda luz é um LASER.
Partindo desta perspectiva, o LASER é uma luz com um sentido específico, que possui um trajeto, e a luz que conhecemos se espalha no ambiente. Sendo a luz um modo de energia eletromagnética radiante que se propaga no vácuo, e é percebida pelo olho do ser humano, a princípio sem nenhuma irritação.O LASER por sua vez, também é uma luz, mas quando incide no olho humano, causa degradação da retina humana, por exemplo. Outro fato importante é que a luz LASER é uma luz específica que incide em uma pequena área enquanto as demais “luzes” se espalham sobre uma área um pouco mais extensa.
Apesar de algumas semelhanças entre o LASER e a luz, existem algumas diferenças e se baseia nos seguintes aspectos:
Monocromaticidade: Os raios lasers são de um comprimento de onda específico único (também chamado de radiação monocromática nas regiões infravermelha e ultravioleta, apesar de invisível) e portanto têm uma freqüência definida. Por exemplo: no caso dos lasers visíveis é produzida uma única cor pura, já os lasers de rubi dão uma luz vermelha.
Coerência: A radiação laser não tem apenas o mesmo comprimento de onda, mas também a mesma fase, ou seja, os picos e as depressões dos campos elétricos e magnéticos ocorrem ao mesmo tempo (chamado de Coerência Temporal). Além disso, todos correm na mesma direção (Coerência Espacial). A distancia na qual os comprimentos de onda permanecem na mesma fase é chamada de extensão da coerência e varia de menos de 1mm até centenas de metros.
Colimação: Como conseqüência da Coerência Espacial, os raios lasers permanecem em feixe paralelo. Como as radiações não divergem, a energia é propagada em distancias muito longas. Essa propriedade torna os lasers de grande valor para medições e localização de alvos.
Nesse viés, pode se traçar uma comparação de que as radiações que não são "coerentes", isto é, são radiações visíveis comuns, se apresentam como um grupo avantajado de pessoas que utilizam roupas diferentes, fazendo trajetos em velocidades e sentidos diferentes, enquanto que a radiação LASER se apresenta como uma fileira de soldados, que caminham no mesmo sentido/direção (coerência espacial), usando roupas iguais (monocromaticidade) e por fim, todos seguindo o mesmo ritmo, realizando o mesmo ritmo (fase).
Quando as radiações laser interagem com a matéria, os efeitos são os mesmos de qualquer outra radiação eletromagnética equivalente – reflexão, refração, absorção e ainda dispersão. Desse modo a Colimação e a Coerência diminuem e se perdem. A extensão com que isso acontece depende da natureza e da densidade da matéria presente, de modo que essas radiações passam a ser afetadas pelo espaço e são apenas levemente alteradas no ar (para radiações visíveis), mas acentuadamente alteradas ao entrar em um material mais denso, como os tecidos.


Os lasers podem ser tanto pulsados quanto focados, e podem ser usados para emitir grandes quantidades de energia para uma pequena região em curto período de tempo. Quando a radiação LASER é absorvida pelos tecidos, ocorre um aumento do metabolismo, mas considera-se também que ocorram efeitos biológicos em função da natureza especial da radiação LASER. Embora esteja sujeito aos fenômenos de refração, reflexão, difração e interferência da mesma forma que a luz comum, a coerência do feixe no caso do laser é o que o torna ideal para certas aplicações, inclusive nas mais diversas áreas da Fisioterapia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Figura 1 : Fisioterapia Quintana      
Figura 2: Fotos antes e depois          
Figura 3: Rascunhos de Fisioterapia
REVISTA ELETRÔNICA, PUCRS.MÓDULO DE ENSINO Fototerapia. Disponível em http://revistaeletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewFile/1550/1153. Acesso em: 16 set.2015
Low, John etal.Eletroterapia Explicada. Princípios e Prática. Barueri:Manole. 2001                                        
BAGNATO, Vanderlei.LASER e suas aplicações em Ciência e Tecnologia.São Paulo. 2008
PRENTICE, William E. Modalidades Terapêuticas em Medicina Esportiva. Barueri: Manole.2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. LASER: Como a Luz é produzida? Laboratório Holográfico. Disponível em: <http://www.eba.ufmg.br/hololab/laser.html>. Acesso em:6 set. 2015