sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Terapia de contraste em edema persistente e crônico


Edema persistente


O edema, também conhecido como inchaço, é a saída do líquido intravascular para os tecidos.
Ele pode ser causado por um processo inflamatório agudo como uma entorse ou um estiramento muscular. Normalmente o edema agudo tende a desaparecer em até sete dias após a lesão. Se isto não ocorre, ele é chamado edema residual e se torna um problema para a reabilitação, pois, impede que o tecido se regenere da forma correta.

Terapia de Contraste

A terapia de contraste consiste de aplicações alternadas de água quente e fria, e pode ser usada com o objetivo de reduzir edemas persistentes ou crônicos.

Como ela ocorre?

A terapia promove mudanças na circulação devido ao mecanismo de bombeamento. A alternância entre a vasodilatação e a vasoconstrição eleva o bombeamento sanguíneo, e consequentemente o fluxo, aumentando a quantidade de nutrientes para reparar o tecido.
Além disso, a água quente deixa o edema mais fluido e aumenta a permeabilidade da membrana celular, assim é possível usar uma técnica de terapia manual para fazer este líquido ser novamente absorvido pelos vasos.
Depois a água fria vai diminuir essa permeabilidade e causar vasoconstrição impedindo o retorno do líquido e a recorrência do edema.

Como é feita?

Essa terapia consiste em mergulhar alternadamente a extremidade a ser tratada em um recipiente com água fria e água acima dos 35ºC. A imersão deve sempre começar pela água quente.
Os ciclos devem basear em uma razão de 3:1 ou 5:3 minutos, ou seja, 3 minutos de água quente e 1 minuto na água fria, e assim sucessivamente, ou a segunda opção, 5 minutos na água quente e 3 minutos na água fria.
Deve-se realizar esse procedimento de 3 a 5 vezes. O término pode ser feito com banho frio ou quente. 

Recursos terapêuticos físicos no tratamento da Fibromialgia


A fibromialgia (FM) é uma doença de caráter crônico e não articular, com característica típica de dor difusa pela musculatura do corpo e presença de pontos de dor específicos, chamados tender points.

Localização dos tender points:
  1. Região occiptal
  2. Músculo trapézio
  3. Músculo supra espinhal (acima da escápula e próximo à borda medial)
  4. Glúteo (quadrante superior externo da nádega)
  5. Trocânter maior do fêmur
  6. Cervical (espaços entre c5 e c7)
  7. Segunda junção costocondral, lateral à junção
  8. Epicôndilo lateral (2 a 5 centímetros medialmente)
  9. Joelho




Outros sintomas desta patologia incluem:
  • Fadiga muscular
  • Distúrbio do sono
  • Sintomas depressivos


 A fisioterapia pode atuar através de diversas modalidades como cinesioterapia, hidroterapia, eletroterapia, termoterapia, fototerapia, massotera­pia, entre outros.

A utilização de recursos terapêuticos físicos na Fibromialgia

TENS
Essa é uma corrente pulsada de baixa frequência. A corrente TENS atua na modulação da dor através da ativação da teoria das comportas, e de Castel (nível I, II e III) gerando alívio de dor a curto ou em longo prazo.
A redução da dor permite a execução de técnicas de cinesioterapia e terapia manual que levam a melhora da:

  • ADM
  • Força muscular
  • Mobilidade
  • Resistência física
  • Função



ULTRASSOM (US)
É utilizado por seus efeitos fisiológicos decorrentes tanto de sua ação mecânica como térmica.

Ação mecânica:
  • Aumenta a permeabilidade da membrana celular;
  • Diminui a resposta inflamató­ria crônica;
  • Facilita o processo de cicatrização dos tecidos moles.


Ação térmica (ultrasson no modo contínuo):
  • Contribui para o aumento da vasodilatação local;
  • Reduz a dor por meio da diminuição da velocidade de condução nas fibras nervosas;
  • Reduz o espasmo muscular pela quebra do ciclo dor-espasmo-dor.



LASER
É utilizado o laser de baixa potência com comprimento de onda infravermelha (invisível) modulado em parâmetros inibitórios, ou seja, em uma fluência acima de 8 J até 20 J.
 
A aplicação é feita em cada tender point.
Seus efeitos terapêuticos são:
  • Diminuição de sinais e sintomas do processo inflama­tório;
  • Analgesia;
  • Modulação da atividade celular;
  • Estímulo à angiogênese;
  • Alívio da dor (efeito mais observado em pacientes fibromiálgicos).


Todos esses recursos oferecem a vantagem de ser não-invasivos e de rápida aplicação, resul­tando em poucos efeitos adversos e contraindicações quando comparadas com as intervenções farmacológicas.