sábado, 27 de setembro de 2014

Você conhece o ultrassom e seus benefícios para a fisioterapia?



O ultrassom é definido como vibrações sonoras inaudíveis de alta frequência, que podem produzir efeitos térmicos ou não térmicos.
O ultrassom é usado com frequência na Fisioterapia. Com os ajustes apropriados dos parâmetros, ele pode ser aplicado pra aquecer tecidos mais profundos, incluindo músculos, tendões, ligamentos, cápsulas de articulações e tecido cicatricial bem como para produzir efeitos mecânicos, principalmente em processos inflamatórios, sem a necessidade de produzir efeitos térmicos. A energia do ultrassom penetra através da pele e da gordura subcutânea.
O uso do ultrassom como agente terapêutico pode ser extremamente efetivo se o fisioterapeuta tiver uma boa compreensão dos seus efeitos sobre o tecido biológico e dos mecanismos físicos pelos quais esses efeitos são produzidos.

APLICAÇÃO DO U.S.

Antes da aplicação do ultrassom o terapeuta deve determinar os parâmetros adequados para que o tratamento promova o objetivo esperado e posicionar o paciente de maneira adequada e confortável, realizar uma adequada assepsia da região na qual será colocado o cabeçote do ultrassom.

Formas de aplicação do ultrassom:
Aplicação diretamente sobre a pele: A energia acústica não viaja pelo ar, sendo refletida pela pele. Por essa razão, ela precisa ter um meio de ligação sobre a pele. Para esse contato usam-se materiais que conduzem melhor a onda mecânica, como gel hidrossolúvel. No caso do uso para fonoforese, pode ser utilizada uma solução aquosa com um princípio ativo, sob receita médica.

Aplicação debaixo d’água: O ultrassom submerso em água desgaseificada é sugerido para partes do corpo no qual são irregulares, como punho, mão, cotovelo, joelho e pé. A parte do corpo em que será aplicado o ultrassom fica completamente submersa na agua, depois a região aplicadora também é colocada debaixo d’agua à distancia de 2,5cm da parte do corpo a ser tratada. A água, como meio, fornece uma ligação sem contato com o ar e permite que as ondas sonoras viagem a velocidades constantes. Essa aplicação deve ser feita em recipiente plástico ou de borracha (não metálico) para evitar reflexão da energia nas paredes de metal.

IMPORTANTE: Para submergir o cabeçote do ultrassom, ele deve ser específico para essa função. Equipamentos não específicos podem ser danificados ao coloca-los debaixo d’água.

Movimentação do transdutor:
Movimentar o transdutor durante o tratamento de forma lenta e constante leva a uma distribuição mais regular da onda mecânica dentro da área tratada e pode reduzir a probabilidade de desenvolvimento de ondas estacionárias (reflexão das ondas que alteram a dose do ultrassom nos tecidos).

Dosagem e tempo de tratamento:
A dosagem varia de acordo com a profundidade, tamanho da área de tratamento e o estado da lesão, além do modo, que pode ser contínuo ou pulsado, e da potência usada no tratamento..

As frequências mais usadas na fisioterapia são de 1 MHz (estruturas profundas) e 3 MHz (estruturas superficiais).

Após a aplicação deve-se reavaliar e observar a ocorrência de alterações nas condições do paciente e da área tratada. Documentar o protocolo usado e se há a necessidade de uma reaplicação.

Indicações
•Encurtamento de tecidos moles;
• Controle dos sinais e sintomas inflamatórios agudos (quando usado sem efeito térmico);
•Regeneração tecidual;
•Controle da dor;
•Fonoforese (incrementa a penetração de agentes farmacológicos através da pele).

Contra indicações
•Tumor maligno;
•Região do útero e coluna lombar de gestantes;
•Tecido do sistema nervoso central;
•Áreas com implantes metálicos;
•Áreas com problemas circulatórios;
•Área cardíaca ou região de marca-passo;
•Sobre órgãos reprodutores;
•Tromboflebite;
•Olhos.

Precauções
Placas de epífise (caso não tenha ocorrido o fechamento da epífise, o recurso pode acelerar esse processo, reduzindo o crescimento do membro).