quinta-feira, 31 de outubro de 2013

MODALIDADES CRIOTERÁPICAS: QUANDO USAR?


    O termo “crioterapia” (“terapia com frio”) consiste na aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte na remoção do calor corporal, causando a diminuição da temperatura tecidual. Essa modalidade terapêutica tem sido muito utilizada na Medicina do Esporte para o tratamento de lesões musculoesqueléticas agudas; e na Estética, porém sem grandes evidências científicas. Tem sido bastante utilizada na prática clínica fisioterapêutica; porém existe certa preocupação sobre o uso por pessoas sem instrução, uma vez que se trata de um recurso de baixo custo e fácil acesso, cujo uso incorreto pode trazer sérias consequências para o organismo.



    RECURSOS CRIOTERÁPICOS DISPONÍVEIS NO MERCADO:
    • Bolsas térmicas e compressas frias;
    • Banhos de imersão e de contraste;
    • Gelo;
    • Unidades de compressão de frio controlado;
    • Sprays;
    • Criomassagens



    EFEITOS FISIOLÓGICOS PROMOVIDOS PELA CRIOTERAPIA:
    • ↓ do metabolismo celular → retardo dos processos químicos e biológicos;
    • Alterações na permeabilidade seletiva da membrana plasmática → controle da formação de edemas;
    • Vasoconstrição, ↓ o fluxo sanguíneo local e vasodilatação reflexa;
    velocidade de condução nervosa sensitiva → analgesia;
    • ↓ da velocidade de condução nervosa motora;
    • ↓ da extensibilidade do colágeno;
    • ↑ da rigidez do colágeno;


    • ↓ da capacidade do músculo de gerar torque;

    • ↓ do


    CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES:
    • Fase proliferativa do processo de reparo tecidual;
    • Sobre nervos periféricos em regeneração;
    • Sobre áreas que apresentam comprometimento circulatório ou doença vascular periférica;
    • Em indivíduos com alterações de sensibilidade térmica, dolorosa e cognitivas;
    • Em indivíduos com hipersensibilidade, alergia ou intolerância ao frio;
    • Feridas e lesões abertas, infecções ou problemas de pele;
    • Em regiões anestesiadas;
    • Em pacientes com doença de Raynaud, crioglobulinemia e hemoglobinúria paroxística ao frio;
    • Em pacientes de idades extremas – muito jovens ou muito idosos. 

    Laser e depilação

    O ser humano tem peculiaridades muito interessantes. Uma delas é a aversão cada vez mais frequente aos pelos.
     Inicialmente as mulheres eram as grandes adeptas às rotinas de tortura para a remoção de pelos faciais, das axilas, dos membros inferiores e região do púbis. Mas não são apenas as mulheres que travam batalhas com seus pelos. Nos últimos tempos, cada vez mais os homens decidem ter tórax e pernas sempre lisinhos. A pele coberta de pelos, antes sinal de masculinidade, começa a dar lugar ao ideal de pele lisa, deixando à mostra e emoldurando os músculos definidos.
     Felizmente, a tecnologia tem acompanhado essa tendência e, hoje, as dolorosas sessões de depilação com cera e a velha lâmina de barbear podem ser substituídas pela depilação a laser.
    O laser elimina o pelo porque a sua energia, em forma de luz, é atraída e captada pela melanina, pigmento presente na haste do fio e responsável pela sua coloração. Essa energia térmica destrói ou retarda a capacidade de o folículo produzir um novo fio. Os pelos que não são eliminados na hora crescem lentamente, mais claros e finos.
    Ao redor da raiz do pelo existe o bulbo, que é responsável pela produção de um novo pelo. Quando o pelo é arrancado com cera, a raiz do pelo é retirada, porém o bulbo permanece intacto. Portanto, o bulbo consegue produzir um novo pelo. A luz concentrada (O LASER) é absorvida pela cor preta da raiz do pelo. A raiz absorve esta energia e chega a 60° destruindo consigo o bulbo. O bulbo que é destruído não produz novos pelos. Entretanto, todas as pessoas, têm capacidade de produzir novos pelos. Mulheres produzem cerca de 10 a 20% de bulbos e pelos novos em 2 anos e homens cerca de 15 a 30%. Pessoas com distúrbios hormonais podem produzir pelos mais precocemente. Portanto, os médicos preferem não usar o termo depilação definitiva, e sim, depilação duradoura.
    Além de uma pele livre de pelos o tratamento proporciona também uma incrível diferença em sua textura e aparência, pois junto com o pelo o Laser remove também a camada córnea da pele, estimula o aumento do colágeno e da elastina e aumenta a circulação sanguínea da região tratada, assim, casos de foliculite (pelos encravados) são resolvidos também.
                A depilação à laser requer alguns cuidados como:
    •        Ficar cerca de três semanas sem tomar banho de sol antes do tratamento e após cada sessão evitar tomar calor ou transpiração intensa no local.
    •         No caso de aderência ou queimação, utilizar crioterapia por 30 minutos.
    •              São necessárias cerca de 6 a 10 sessões, dependendo do tipo de pele e cor do pelo.
    •          Não é recomendado que faça uso de depilação com cera ou pinça entre as sessões pois para destruir o bulbo é necessário que a raiz esteja dentro dele. O uso dessa técnica pode fazer com que sejam necessárias mais sessões.

    Apesar de um processo seguro, o laser para remoção de pelos podem estar associados a efeitos secundários adversos, incluindo as alterações de pigmento não-desejados. Antes de iniciar um tratamento de depilação a laser, os pacientes que procuram a erradicação de cabelo devem ser informados de que podem ocorrer alterações pigmentares temporários e, possivelmente, permanentes. A depilação a laser somente deve ser feita por profissionais médicos qualificados, desconfie de preços muito baixos e promoções, a depilação a laser feita por profissionais desqualificados e mal preparados pode causar manchas na pele e queimaduras.


    Ultrassom e celulite: verdade ou mito?


    O fibro edema gelóide (FEG), ou melhor, a celulite é um problema estético caracterizado pela presença de pequenas depressões na pele, geralmente presente nas coxas, abdômen e nádegas.  Atualmente a influência da moda faz com que, principalmente as mulheres, busquem um corpo perfeito.

    O ultrassom associado a fonoforese (capacidade do ultrassom em promover a penetração de agentes farmacológicos ou substâncias químicas através da pele) apresenta grande eficácia, pois promove significativas alterações fisiológicas nos tecidos acometidos pelo FEG.
    O ultrassom é uma modalidade de penetração profunda capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não-térmicos, e pode ser usado de dois modos: contínuo e pulsado.  O modo contínuo se caracteriza por ondas contínuas, sem modulação, com efeitos térmicos. Já o modo pulsado apresenta características como ondas pulsadas, modulação em amplitude com frequências de 16 Hz a 100 Hz, efeitos térmicos minimizados e alteração da pressão e, sendo assim, uma ação analgésica, anti-inflamatória e anti-edematosa.


    O ultrassom possui também duas frequências, de 1 MHz e 3 HMz. O tratamento com ultrassom de 3 MHz é indicado para tecidos superficiais, enquanto que o tratamento com ultrassom de 1 MHz é indicado para tecidos mais profundos. Como as patologias estéticas atingem tecidos superficiais como a pele, não é necessário uma penetração muito grande das ondas mecânicas, sendo assim a indicação para o tratamento dessas patologias são:
    • O ultrassom de 3 MHz.
    • O ultrassom em emissão contínua (exceto se existir alguma circunstância que contra indique calor).
    • Recomenda-se iniciar o tratamento com doses baixas e aumentar a intensidade progressivamente.
    • Sobre o tempo de cada sessão, há divergências entre autores. Guirro & Guirro (2002), estabelece o tempo de 2 minutos para áreas próximas de 10 cm2 . Parienti , cita que a sessão de ultrassom não deve exceder 10 minutos, e que a zona de atuação é de 10 x 15 cm. Longo (2001), não aconselha uma aplicação de 20 minutos contínuos na mesma sessão pois podem ocorre vertigens, tonturas, estresse, além outros efeitos colaterais.


    Os resultados aparecem de acordo com a resposta de cada corpo, mas, em geral, são feitas de 4 a 10 sessões de ultrassonografia, dependendo do caso do paciente. O ultrassom para eliminar celulite pode ser encontrado nas clínicas de dermatologia e os preços variam de acordo com o aparelho, atingindo a faixa de R$80,00 a R$1.000,00 reais por sessão e, de acordo com diversos estudos, é uma forma eficaz para amenizar e/ou diminuir o quadro da FEG nas regiões das coxas, abdômen e nádegas.



    Para mais informações acesse o vídeo explicativo: