quarta-feira, 1 de maio de 2013

Diatermia por ondas curtas


O equipamento de ondas curtas utiliza ondas eletromagnéticas geradas por uma corrente alternada de alta frequência para promover efeitos térmicos e não térmicos nos tecidos corporais O aquecimento tecidual é gerado por dois mecanismos: pela vibração das moléculas e íons presentes nos tecidos (corrente de indução) e pela resistência elétrica do tecido (efeito Joule). As características fisiológicas e físicas dos tecidos influenciam na magnitude do aquecimento gerado. Sendo assim, tecidos ricos em água (tecidos muito vascularizados como o muscular) vão aquecer bem com a utilização do ondas curtas por permitirem a criação efetiva de correntes de indução; já o tecido adiposo, por apresentar características de resistor, irá se aquecer por efeito Joule.
Devido a suas características, o ondas curtas é principalmente indicado para tratar grandes regiões do nosso corpo, como grandes grupos musculares (mesmo quando profundos)  e articulações dos MMSS e MMII. A potência emitida por esse dispositivo é suficiente para aquecer os tecidos na faixa de 38 a 44°C e promover benefícios terapêuticos compatíveis às dosimetrias de calor leve, calor moderado e calor intenso.

Argila, Estimulação Elétrica de Alta Voltagem ou Crioterapia para tratar edemas???




Muito se discute sobre terapias para o manejo de edemas, mas nem todos os métodos de ´´tratamento´´ que ouvimos falar podem nos ajudar, principalmente quando não há uma evidência científica sobre a linha de tratamento a ser utilizado.
Na Europa o método mais adotado em grandes clubes de futebol para tratar de edemas traumáticos é a argila. Segundo relatos, a argila é capaz de absorver o líquido que se encontra no local. No entanto, não há nenhum artigo ou evidência científica de que a argila realmente exerça essa função.
Outro método comumente usado para o manejo do edema é a crioterapia. Esse é um recurso prático, de baixo custo e fácil acesso. Porém, a literatura mostra que esse procedimento é eficaz somente para prevenir a formação ou a evolução do edema (principalmente se usado nas duas primeiras horas pós-trauma), não sendo, entretanto, capaz de reduzir um edema já instalado. Para essa situação, recursos terapêuticos de aquecimento, eletroterapia e terapia manual são opções de tratamento mais adequadas.
A Estimulação Elétrica de Alta Voltagem (EEAV) é outra opção para a abordagem do edema, principalmente edemas agudos. Essa é uma corrente pulsada, monofásica, de baixa frequência, com 2 picos gêmeos. Estudos relatam que o uso da polaridade negativa, associada a uma frequência de pulso de 120 pps e uma intensidade capaz de realizar 90% da contração motora (limiar motor) é uma modulação eficaz para reduzir o edema agudo. 

Terapia por contraste


A terapia por contraste, popularmente conhecida como ´´banho de contraste´´, consiste em aplicações alternadas de água quente (40-42ºC; imersões por 3-5 minutos) e água fria (15-20°C; imersões por cerca de 1-3 minutos), visando auxiliar a redução de edemas e o alívio da dor).
A parte do corpo a ser tratada (normalmente extremidades) é imersa em cada um dos banhos alternadamente, até que se complete 3 a 5 ciclos. É indicado para esses banhos que os vasilhames sejam amplos para permitir exercícios ativos leves (quando possível), que funcionam como coadjuvantes da reabilitação músculo-articular.
Embora existam poucos estudos que expliquem a eficácia dos efeitos fisiológicos promovidos pela terapia de contraste, sugere-se que as alterações circulatórias (vasoconstrição e vasodilatação) induzidas em resposta aos estímulos térmicos possam ser eficientes na redução de edema, principalmente em lesões subagudas. Já o alívio da dor pode ser justificado pelos mecanismos das comportas (teoria das comportas), sendo a intensidade da dor um importante parâmetros para acompanhamento.
Apesar de aparentemente simples, o banho de contraste deve ser orientado por um profissional de saúde, já que o mesmo pode gerar queimaduras (pela água quente ou fria) ou ser ineficaz se usado de maneira indevida.