quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cuidados com os eletrodos usados em eletroterapia


Os eletrodos são materiais capazes de conduzir uma corrente elétrica. Os eletrodos utilizados em eletroterapia são geralmente feitos de uma borracha de silício impregnada de carvão ou de aço ou folha de alumínio. Podem ser de superfície, intracavitário ou percutâneo.
Para o uso correto dos eletrodos devemos seguir as seguintes recomendações:
  • Escolher o tipo de eletrodo de acordo com o local a ser estimulado, usando eletrodos de superfície se a aplicação for sobre a pele; eletrodos intracavitários se a aplicação for em cavidades (anal e vaginal) e o eletrodo percutâneo se houver necessidade de introduzir na pele.
  • Dependendo do objetivo da intervenção, devemos optar pelo arranjo bipolar (no qual um par de eletrodos do mesmo tamanho e com distância entre eles uma a duas vezes o tamanho do eletrodo é aplicado no local), ou pelo arranjo monopolar, usado quando há preferência por uma polaridade (+ ou -) ou se a área a ser tratada for pequena. Nesse caso, sobre o alvo é aplicado o eletrodo ativo, sendo o outro eletrodo colocado mais distante da mesma. Esse eletrodo é chamado de passivo ou dispersivo e deve ter o dobro do tamanho do eletrodo ativo.
  • O material do eletrodo deve ser bom condutor, flexível e durável e estar em boas condições de uso.
  • O local de aplicação deve ser limpo com álcool gel, depilado (se necessário). Cautelas se deve ter com regiões com acúmulo de tecido adiposo, pois a gordura, por não ser boa condutora, pode prejudicar o tratamento.
  • Uso de um meio acoplador para fornecer um caminho de resistência mais baixa para o fluxo de corrente do estimulador para o tecido. Um gel a base de água ou mesmo a água (com auxílio de uma esponja) deve ser aplicado sobre toda a superfície do eletrodo, sem excessos e dentro do prazo de validade.
  • Antes e após a utilização dos eletrodos devemos lava-los com água e sabão neutro, lembrando-se de nunca utilizar álcool, pois prejudica a condutibilidade do eletrodo.
Seguindo estas recomendações teremos materiais mais duradouros, confortáveis e seguros para o tratamento de nossos pacientes.  

Fototerapia e feridas


Fototerapia é a utilização da luz para tratamentos de distúrbios da saúde, dentro eles, uma ferida. Um dispositivo luminoso muito usado para esse fim é o Laser de baixa potência. A luz Laser é diferente de outras fontes de luz por ser monocromática (apenas um comprimento de onda), coerente no tempo e no espaço e colimada. Essas características asseguram a penetração da radiação luminosa nos tecidos e determinam quais biomoléculas absorverão a radiação incidente. 
Segue um esquema simplificado das ações do laser de baixa potência em feridas: 
1- Devido a um complexo mecanismo de interação com o tecido, o laser tem a capacidade de diminuir o processo inflamatório que surge em resposta à lesão. 



2- Ao focalizar a área do ferimento, o aparelho incide uma luz à base de fótons que reagem com as células do local e atraem os fibroblastos, (células encarregadas de produzir o colágeno necessário para reparar o tecido).

3- Diferentemente do processo de cicatrização natural, em que há uma organização parcial do colágeno, o laser promove uma remodelação total dessas fibras. Com isso, as propriedades elásticas do tecido são preservadas e o resultado é uma cicatriz imperceptível.